Itaúna implantou há mais de seis meses, através da Gerência Superior de Trânsito, os radares de semáforos e outras medidas a fim de resolver graves problemas nos principais corredores da cidade.
São os equipamentos eletrônicos denominados Detector de Avanço de Semáforo, responsáveis por fiscalizar as condutas inadequadas dos condutores de veículos que desrespeitam as fases vermelhas dos semáforos e avanços de faixas, gerando as imagens e os vídeos comprobatórios das infrações.
O Jornal S’PASSO conversou com a responsável pelo setor, Cíntia Valadares, sobre os primeiros resultados dessas medidas. Ela lembrou que atualmente a cidade conta com uma frota de mais de 70 mil veículos circulando e, após o registro de diversos acidentes ao longo dos anos, a iniciativa para implantação dos Detectores de Avanço de Semáforo faz parte de um plano bastante elaborado para o trânsito de Itaúna. Esse plano contempla diversas outras ações para cumprimento de uma determinação imposta pela Lei 13.614/18, que tem como meta principal, no prazo de 10 anos, reduzir os acidentes de trânsito em pelo menos 50%.
São faixas de pedestres e lombadas em pontos críticos, placas e sinalizações, radares semafóricos e, também, campanhas de conscientização de limite de velocidade e outros cuidados no trânsito.
“Em que pese não tenhamos concluído todas as nossas ações que envolvem campanhas educativas, operações exclusivas nas portas das escolas, implantações de espaços mais adequados para travessias de pedestres entre outros, neste contexto, a implantação dos radares já demonstra efeitos em relação a redução de velocidade e nenhuma ocorrência de acidentes”, observa.
Mais especificamente sobre os radares de semáforos, a reportagem perguntou onde são os locais mais eficazes e os de menor resultado, uma vez que a sua implantação gerou uma série de questionamentos e críticas, por parte da população. Para Cíntia, não há um local mais ou menos eficaz, o instrumento simplesmente cumpre seu papel no quesito redução de velocidade em todo o local.
“O que ocorre é que à medida em que as pessoas se acostumam a reduzir a velocidade, cai também o número de autuações, o que é na nossa opinião um ponto bastante positivo. Esta Gerência cumpre seu papel de continuar monitorando a cidade e avaliar o que é possível fazer para melhorar a fluidez do trânsito e principalmente a segurança das pessoas. Neste caso, pode ser que tenhamos que realocar algum equipamento ou instalar novos”, pontua.
Entendimento sobre arrecadação de infrações dificulta convênio com a PMMG
Sobre o restabelecimento do convênio com a Polícia Militar para a fiscalização do trânsito, a Gerência de Trânsito não fechou ainda questão. “Infelizmente ainda não chegamos em acordo, pois a proposta imposta pela PMMG para o Município, no momento é inexequível”, disse. Insistimos nessa questão e a gerente de Trânsito e Transporte explicou que permanece um impasse entre o setor e a Polícia Militar por causa do entendimento sobre a lei que disciplina a arrecadação das multas. Há uma lei estadual de 2003, que dispõe sobre o repasse de 50% dos valores arrecadados ao órgão fiscalizador, no caso a PMMG, entretanto, no entendimento da Gerência de Trânsito, essa lei é específica de arrecadação do IPVA e não de multas de trânsito no município. No mais, a PMMG já obtém o proveniente da arrecadação de 100% das infrações em nível estadual, o que não se aplica na mesma medida às multas municipais. “Sem esses recursos a Gerência de Trânsito não tem como operacionalizar seus serviços, pois mesmo com os recursos das multas o município ainda tem que investir no setor. Por causa desta falta de entendimento, o convênio ainda não foi restabelecido”, informou.
Estacionamento Rotativo
Também não avançou ainda a proposta de uma nova licitação para se contratar uma empresa que irá cuidar do estacionamento rotativo em Itaúna. “Estamos viabilizando um novo processo de licitação”, disse.
