Diretora do SAAE afirma que mau cheiro dos esgotos em Santanense está com os dias contados

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A diretora geral do SAAE, Alaíza Andrade esteve na Câmara nesta terça-feira (20), acompanhada do gerente operacional Renato Rezende, em atendimento à convocação da Comissão de Meio Ambiente. Os dois explicaram como está o andamento das obras de recuperação dos interceptores de esgoto e falaram da situação da autarquia com relação a multas decorrentes de demandas do Ministério Público junto a órgãos ambientais, como a FEAM – Fundação Estadual do Meio Ambiente de Minas Gerais.

A diretora geral da autarquia afirmou que as autuações feitas pela FEAM estão sendo contestadas na Justiça. Recentemente em entrevista ao Jornal S’PASSO, o prefeito Neider Moreira esclareceu que as multas são indevidas uma vez que os problemas causados ao meio ambiente são decorrentes das fortes chuvas que caíram na cidade no final de 2021 e início de 2022, ou, ocasionalmente, devido às obras, necessárias, de desassoreamento dos rios. Enquanto isso, o município não paga um centavo das multas ao governo estadual. 

Sobre os serviços que estão sendo realizados para recuperar os emissários de esgoto que foram danificados, foi apresentado o cronograma com as datas de julho a dezembro para as intervenções no Rio São João e de agosto a dezembro no Ribeirão dos Capotos. Já foi realizada a limpeza de toda a extensão dos lugares onde serão substituídos os emissários, das antigas manilhas de concreto, para tubos PAD. Segundo Alaíza, os tubos são muito mais resistentes à ação corrosiva dos esgotos, ao contrário das antigas manilhas. A diretora afirmou que não sabe quando haverá, novamente, substituição desses equipamentos, que têm grande durabilidade.

Os pontos onde foram iniciados os serviços são os do Rio São João, no final do Bairro São Judas Tadeu, fundo da empresa Simec, passando pelos fundos do depósito da Prefeitura, Cia. Tecidos Santanense. No Ribeirão dos Capotos, as intervenções acontecem no trecho inteiro da Avenida JK, passando por Garcias, Ribeirão da Ponte Quebrada e Bairro itaunense.

Os vereadores da Comissão de Meio Ambiente questionaram se ao final das obras haverá, efetivamente, o fim do mau cheiro que invade toda a região do Bairro Santanense e região, os dirigentes do SAAE, Alaíza e Renato, garantiram que sim. Em 31 de dezembro se encerram as obras e a normalidade será restabelecida.  

Outro questionamento tratado pelos técnicos da autarquia foi com relação foi com relação ao funcionamento da Estação de Tratamento de Esgoto. O projeto da ETE é de até 400 litros por segundo em operação de 100%, projeção até o ano de 2060 para os efluentes domésticos. A obra, inaugurada em setembro de 2023, está atuando com capacidade de 114 litros por segundo buscando atingir, pelo menos 250 l/s. Para os dirigentes do SAAE, antes todo o esgoto da cidade era lançado no Rio São João, para além da ponte do Bairro Santanense, hoje esse esgoto é direcionado para  a ETE e tratado adequadamente.

Manutenção dos equipamentos

Não existem mais que vinte denúncias na Ouvidoria da Prefeitura, de acordo com a diretora Alaíza. A Comissão de Meio Ambiente da Câmara disse duvidar desses números tamanhas são as denúncias da população acerca das falhas no serviço, especialmente em se tratando dos emissários de esgoto que afetam a comunidade de Santanense. Questionados sobre a manutenção da rede de esgoto no município, Alaíza e Renato responderam que periodicamente é realizada a limpeza do serviço em toda a cidade através de hidrojateamento e sucção dos esgotos nos interceptores.