Drone faz mapeamento dos bairros com maior índice de focos da Dengue em 2024 

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Itaúna recebeu esta semana do Governo do Estado, o primeiro drone do programa Vigidrones, uma ação pioneira que utiliza drones para mapear e tratar áreas com água parada, combatendo criadouros do Aedes aegypti, vetor de dengue, zika e chikungunya.  

De acordo com o chefe do setor de Combate a Endemias, Antônio Delgado, o projeto de drones disponibilizado pelo Estado teve a primeira etapa concluída com o mapeamento aéreo no bairro Nova Vila Mozart.  

“A partir desse trabalho inicial, desenvolvemos outras ações de combate ao mosquito Aedes aegypti. No futuro, será possível até mesmo realizar tratamentos químicos utilizando drones em locais de difícil acesso, como imóveis fechados e edifícios, entre outras estratégias inovadoras”, destacou Delgado.   

Os próximos mapeamentos serão com base no índice epidemiológico de dengue do ano passado.  De acordo com os dados do último LIRAa, a cidade tinha o índice de 2,5%, que significa médio risco para infestação de Aedes aegypti, transmissor das doenças Dengue, Zika, Chikungunya e Febre Amarela, sendo que o valor recomendado pelo Ministério da Saúde é de 1%.  

A pesquisa foi feita em 1742 imóveis que foram vistoriados e 82 tubitos com larvas coletados e encaminhados para análise laboratorial. Do total de amostras, 50 continham larvas positivas do mosquito, o que corresponde a 60,97%.  

Os próximos bairros a receberem a análise do drone serão: Piedade, Irmãos Auler, Santa Mônica, Centro, Graças, Aeroporto, Itaunense, Parque Jardim, Vila Mozart, Nogueira Machado e Olímpio Moreira, que foram os que tiveram maior índice de infestação no final de 2024. 

Como funciona

Os drones ajudam a identificar criadouros em locais inacessíveis, como caixas d’água, calhas e piscinas descobertas. Além disso, os dados capturados são armazenados em sistemas georreferenciados, permitindo a criação de mapas de calor que indicam as áreas mais críticas para os agentes de saúde. Essa abordagem complementa o trabalho dos Agentes Comunitários de Endemias e tem gerado resultados expressivos na redução de focos do mosquito. 

Resultados expressivos

A tecnologia já foi implantada em 395 municípios mineiros e possibilitou o mapeamento de mais de 50 mil hectares, com a identificação de mais de 100 mil possíveis criadouros. Em Igarapé, a ação resultou na redução de 96% dos casos de dengue nas áreas monitoradas em um ano.