Sílvio Bernardes
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No dia 11 de julho de 1992 a equipe do jornal de humor “Trolha Popular”, que eu criei nesse início dos anos de 1990, entrevistou o “Tremendão” Erasmo Carlos. Foi aqui em Itaúna. Ele veio para um show no Parque de Exposições: “X Feira Itaúna Em Festa”, promovida pela Prefeitura. Eu, meu irmão Cláudio Bernardes e os primos Adauto Magalhães, Jerry Adriane e Toninho Menezes, conversamos com Erasmo no camarim do Parque de Exposições e rimos à beça com essa entrevista. Erasmo foi muito simpático, nos recebeu como se fôssemos grandes repórteres de um grande jornal. Falou de política, de mulheres, de sua relação com o Roberto Carlos e outros colegas artistas e, claro, de música, da Jovem Guarda, do rock e da influência deste movimento de que participou nos anos de 1960/1970 na música atual (de 1992).
Erasmo tinha 51 anos em 1992. Nós, éramos jovens, cheios de ideias, planos e de muita irresponsabilidade. Aliás, a “Trolha Popular” era uma das manifestações mais intensas da irresponsabilidade desses rapazes e moças nesses longínquos anos de 1990.
Abrindo a entrevista, transcrevi um pequeno texto do jornalista e historiador carioca Sérgio Cabral (pai do ex-governador do Rio), sobre o Tremendão Erasmo Carlos, publicado no extinto “Pasquim”, em 1991: “Erasmo Carlos é um dos melhores exemplos de antifossa que conheço. É também um desses caras para quem a glória, a fama e o sucesso não alteraram um milímetro do seu comportamento. Jamais seria um bancário ou um funcionário público, mas se desempenhasse uma profissão que o conservasse no anonimato, seria certamente a mesma pessoa que é hoje, pois Erasmo é tão simples quanto uma pessoa comum”.
É isso aí, bicho!