Entrevista com o candidato a deputado estadual

“Eu não fiz promessas, porém minhas propostas surgem no decorrer de minha caminhada, como, por exemplo, a construção do novo presídio em nossa cidade que se faz necessário e que vem se estendendo por anos; a conclusão da ETE, a manutenção de nosso Hospital e quem sabe a construção de um novo para suportar a atual demanda”.

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Samuel Romano (União) – 570 votosRomano (União) – 570 votos

Samuel Santos Romano

A candidatura de Samuel Santos Romano a deputado estadual, pelo Partido União Brasil, foi anunciada no início da disputa, quando os pré-candidatos começaram a surgir. Mas, desde sempre, a campanha tem sido feita de forma simples, sem alarde e sem material de divulgação nas ruas. Não houve inauguração de comitê, nem apresentação à imprensa, não houve carreata, buzinaço, nada disso. O Jornal S’PASSO, questionou Samuel Santos Romano se a candidatura à Assembleia Legislativa estava, ainda, de pé. Ele afirmou que sim e que responderia às questões do Jornal.

Seu nome é Samuel Santos Romano, 42, filho da auxiliar de enfermagem Maria Ângela Santos Romano e do metalúrgico aposentado José Raimundo Romano. Nascido em Itaúna, é formado em técnico em informática e superior em Educação Física. Atua como Policial Penal no sistema prisional de Minas Gerais e é professor de escolinha de futebol.

Jornal S’PASSO – Sua candidatura, como você havia falado, está tímida. Qual é a razão e qual é a grande motivação para se candidatar a deputado estadual? Como você avalia a campanha?

Samuel Romano – Quando digo tímida, eu sempre complemento com o termo humilde, pois levo comigo a humildade e a timidez de um principiante. Sem a utilização de recursos, a campanha ficou um pouco “tímida” no sentido de diferente das campanhas de outros candidatos. Me candidatei por gostar de política, já ter trabalhado na casa legislativa de minha cidade e por ver que posso representar Itaúna, que é a cidade onde nasci e vivo, na assembleia, com coragem, determinação e boas ideias.

Jornal S’PASSO –Quais são as propostas que podem fazer com que o eleitor opte pelo seu nome ao meio de tantos candidatos de Itaúna e que vêm de outras cidades?

Samuel Romano –  Eu não fiz promessas e sei o quanto isso chateia os eleitores em tempo de campanha, porém minhas propostas estão surgindo no decorrer da minha caminhada nessa campanha como por exemplo, a construção do novo presídio em nossa cidade que se faz necessário e que vem se estendendo por anos; a conclusão da ETE, a manutenção de nosso Hospital e quem sabe a construção de um novo para suportar a atual demanda. Mas ressaltando que isso não são promessas, são ideias que surgem como propostas iniciais de mandato e que correm o risco de serem inviabilizadas, porém acredito que se trabalharmos nisso, podemos ter bons resultados.

Jornal S’PASSO – Vivemos momentos tensos na política brasileira em decorrência da forte polarização por causa das ideologias de direita e esquerda.  Muita gente está com medo até de se manifestar publicamente por causa do acirramento das paixões ideológicas de grupos ligados aos candidatos Bolsonaro e Lula. Qual a sua avaliação sobre o cenário político no que diz respeito às eleições para presidente?

Samuel Romano – Sei que estamos em meio a tantas ocorrências sociais e que o fator político está em alta em diversas situações. Porém prefiro não opinar nesse assunto até mesmo em respeito ao meu partido que tem a Soraia como candidata à presidência. Não que esteja em cima de um muro, mas eu não me polarizo demais em nada, não quero ter apenas direções de esquerda e direita. Quero ter também a condição de fazer o povo seguir em frente.

Jornal S’PASSO – Qual é a avaliação sua sobre os governos Romeu Zema e Jair Bolsonaro?

Samuel Romano – Ambos fizeram um bom trabalho, visto o que eles passaram por tragédias que ocorreram em seus mandatos que nenhum dos antecessores viveu. Então, não vejo tanta falha administrativa. Reitero que não foram perfeitos, mas quais foram? E se acaso aparecer algum candidato “imaculado” de qualquer imperfeição, é nesse que eu vou votar e indicar.

Jornal S’PASSO – Mais especificamente de Bolsonaro, como você avalia as críticas que ele faz com frequência ao processo eleitoral e ao colocar em dúvida a confiança nas urnas eletrônicas?

Samuel Romano – Crítica é uma palavra que deriva do termo grego Kriticos que seria a capacidade de fazer julgamentos e que pode simplesmente ser substituída pelos termos apreciação, avaliação, análise, exame, julgamento, parecer, opinião, pensamento, comentário, posição. Não penso muito distante dele em relação às urnas eletrônicas, pois sou formado em Técnico em Informática e posso garantir que não existem equipamentos eletrônicos que não possam ser violados, hakeados ou adulterados. Portanto, se eu tenho essa opinião, pensamento, parecer, com base em meus conhecimentos, espero que minha crítica seja respeitada também e que não seja confundida com uma ameaça à democracia se tornando uma censura velada.

Jornal S’PASSO – Qual é a sua opinião acerca da polêmica sobre o uso ou não do fundo partidário? E, no seu caso, como foi distribuído pelo seu partido em Minas Gerais?

Samuel Romano – Não vejo como polêmica, mas apenas ponto de vista. Eu optei em não pegar o fundo partidário por razões pessoais e respeito outros candidatos que fizeram diferente. Preferi fazer minha campanha sem o uso desse recurso e não procurei saber quanto meu partido arrecadou com o mesmo e como distribuiu. Foi uma opção pessoal da qual não me arrependo.

Jornal S’PASSO – A sua campanha contou com uma dobradinha com um candidato a deputado federal por Itaúna?

Samuel Romano – Minha campanha contou com o apoio do candidato a deputado federal Osmando Pereira da Silva, pois fazemos parte da mesma sigla partidária. Ele foi um professor para mim.

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