ENTREVISTA COM OS PRÉ-CANDIDATOS DE ITAÚNA

" Estamos muito confiantes e temos apoio popular e planos para melhorar a qualidade de vida dos itaunenses”

0
983

A candidatura  de Gláucia Santiago a deputada federal pelo Partido Liberal (PL) foi oficializada. Vereadora duas vezes, ela é a primeira vice-prefeita de Itaúna. Gláucia é formada em Pedagogia pela Universidade de Itaúna e trabalhou por 40 anos no Cartório de Registro de Imóveis. A vida política iniciou aos 12 anos, sempre acompanhando o pai Hidelbrando Canabrava (Bandinho) nas atividades como prefeito por duas vezes e como deputado estadual.

Candidatou-se ao cargo de vereadora pela primeira vez em 2000, exercendo a vereança nos anos de 2001 a 2008, retornando ao legislativo no mandato de 2017 a 2020. Nas três candidaturas, obteve expressiva votação e aceitação dos itaunenses. Na Câmara, participou, dentre vários conselhos municipais, como membro do Conselho da Mulher e atuou junto aos governos estadual e federal, trazendo inúmeros benefícios para a cidade, principalmente na área da saúde.

Neste mandato a Gláucia tem atuado ao lado do prefeito Neider Moreira. “Juntos seguimos um projeto de sucesso, que coloca Itaúna em destaque em diversos cenários, dentre eles, o 48º no ranking nacional em qualidade de vida, dentre cidades de médio porte. São várias credenciais que me motivaram colocar meu nome para ser a força da mulher itaunense em Brasília”, destaca.

 Jornal S’PASSO – Depois de oficializar sua candidatura no partido, começam os trabalhos junto aos eleitores. Quais sãos os planos? Aliás, qual é a grande motivação para se candidatar a deputada federal? Como será sua campanha em Itaúna? Você pretende resgatar a figura de seu pai e de antigos políticos da cidade a ele alinhados?

Gláucia Santiago – Somos uma equipe. Temos dois planos principais. O primeiro é realizar uma campanha limpa, bonita e participativa. Entendemos que a população pede por uma representação federal de Itaúna e, por isso, deve ser escutada e participar ativamente da nossa campanha. O segundo plano é, caso eleita, realizarmos um mandato de muito trabalho, seriedade, honestidade e participação popular. Itaúna precisa disso!

Tenho três grandes motivações: 1- Deus, que sempre me guiou para os melhores caminhos pessoais, profissionais e políticos. 2 – As pessoas que sempre me apoiaram em minha vida política e profissional, incluindo minha família, equipe, amigos e eleitores. 3 – A gratificação que sinto em ver meu trabalho gerando frutos para Itaúna. Um trabalho político sem a participação da população e entrega de conquistas reais não é um bom trabalho.

Meu pai, Hidelbrando Canabrava (Bandinho), me ensinou o que é correto e me guiou durante o início da minha carreira. Hoje sigo sua figura. Fazer o bem para o próximo é a grande arte da política. Um grande lema que meu pai praticou e sigo por este caminho. É meu exemplo!

 Jornal S’PASSO – Ainda existem possibilidades de conversa com outros candidatos para que Itaúna saia com apenas um ou dois nomes e mais fortalecida, como querem alguns?

Gláucia Santiago – Estamos muito confiantes e animados com nossa campanha. Temos apoio popular e planos estruturados para melhorar a qualidade de vida dos itaunenses. Por esses motivos, não pensamos até o momento em abrirmos mão da campanha. Entendemos que Itaúna só tem a ganhar com toda nossa equipe na Câmara Federal. Apesar disso, entendemos que essa decisão está nas mãos dos itaunenses. Faremos sempre o que nossos eleitores entenderem como o melhor caminho.

Jornal S’PASSO – Vivemos um momento conturbado na política brasileira, com uma forte polarização em nível federal. Como você vê o cenário político no que diz respeito às eleições para presidente? Analistas preveem uma temperatura mais alta, até mesmo com ocorrência de violência, por causa do acirramento das paixões ideológicas de grupos ligados aos candidatos Bolsonaro e Lula. Qual é sua análise acerca disso?

Gláucia Santiago – As pesquisas mais recentes realmente demonstram uma grande polarização, com dois fortes nomes – com posicionamentos extremamente opostos – concorrendo ao executivo federal. Apesar das pesquisas e dos resultados, entendo que ainda é muito cedo para sabermos qual lado sairá vitorioso após apuração das urnas.

Em relação às “altas temperaturas”, obviamente somos contra qualquer tipo de violência física ou psicológica que qualquer um dos lados possa realizar. Esperamos que não ocorra, principalmente em nosso município. 

Jornal S’PASSO – Qual é sua avaliação sobre os governos do estado, de Romeu Zema e do planalto, de Bolsonaro que, inclusive, é do seu partido?

Gláucia Santiago – Consigo enxergar tanto os pontos positivos, quanto os desafios enfrentados por ambos.  O atual Governador, Romeu Zema, vem enfrentando diversos desafios desde o início do seu mandato, indo desde o desastre ocorrido em Brumadinho, até a ocorrência de chuvas decamilenares, que afetaram inclusive Itaúna, com danos que até hoje estamos trabalhando para solucioná-los. Considerando todas as dificuldades enfrentadas, entendo que ele vem fazendo um bom trabalho, com melhoras em diferentes áreas de atuação pública. Da mesma maneira o presidente Jair Bolsonaro, também vem enfrentando desafios históricos. Vejo que seu governo focou em trazer melhorias, como na desburocratização de procedimentos administrativos. Por outro lado, enfrenta uma enorme resistência nos outros poderes, tanto no legislativo, quanto no judiciário. No final das contas esse desentendimento entre os poderes acaba prejudicando os administrados, os brasileiros.

Jornal S’PASSO – Mais especificamente de Bolsonaro, como você avalia as críticas que ele faz do processo eleitoral ao colocar em dúvida a confiança nas urnas eletrônicas?

Gláucia Santiago – Até o momento nenhuma investigação conseguiu demonstrar erros nos processos eleitorais ocorridos durante o uso das urnas eletrônicas. Caso constatados, certamente apoiarei o uso de outra técnica e tecnologia. Temos países de primeiro mundo que utilizam contagem de votação impressa e não enfrentam problemas com a técnica. O importante é termos um procedimento seguro, que garanta o resultado da democracia trazida pelo voto popular.

Jornal S’PASSO – Como você avalia a polêmica em torno do uso ou não do fundo partidário? E, no seu caso, como será distribuído pelo PL em Minas Gerais?

O fundo partidário é previsto em lei e possui como um dos objetivos minimizar o poder político trazido pelas classes mais ricas. Por exemplo, sem o fundo partidário, os candidatos mais ricos terão maiores chances de serem eleitos do que os candidatos de classes mais pobres, que não teriam condições financeiras de arcarem com os custos de uma campanha. Em relação à distribuição, este tema é tratado pela Presidência do partido (PL) e não temos, até o momento, esses dados.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

4 × um =