Alessandro Tomaz: “ Minha principal motivação para me candidatar, além da minha qualificação como administrador, foi constatar que mais de 50% dos votos itaunenses vão para candidatos de fora, que depois de eleitos desaparecem”.
Ele é novato na política e faz questão de lembrar esse fato. Foi candidato a prefeito em 2020, pela primeira vez, pela coligação “Reconstruindo uma Itaúna para Todos”, pelo PTC/ Solidariedade e DC. Conseguiu, então, ser o terceiro mais votado entre seis concorrentes à Prefeitura, obtendo 3.231 votos ou 7,35% do eleitorado votante. O entrevistado dessa semana é o candidato a deputado estadual por Itaúna Alessandro Tomaz, o Sandrinho, do Democrata Cristão (DC). Nascido e criado em Itaúna, ele tem 43 anos, é graduado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de Itaúna e mantém uma empresa consolidada no mercado da construção civil há mais de 20 anos.
Sandrinho revela que para chegar onde está hoje, começou a trabalhar muito cedo. Foi servente de pedreiro, pedreiro e carpinteiro de formas de laje. Começou a empreender na construção civil aos 20 anos, posteriormente iniciou a faculdade de Arquitetura e Urbanismo e hoje possui um forte nome no mercado. Sandrinho falou à reportagem do Jornal S’PASSO na sequência de entrevistas com os candidatos ao legislativo (federal e estadual) por Itaúna.
Jornal S’PASSO – Depois de oficializar sua candidatura no partido, começam os trabalhos junto aos eleitores. Como estão as suas atividades como candidato a deputado estadual? Qual é a grande motivação para se candidatar? Como será a campanha em Itaúna?
Alessandro Tomaz – Tenho caminhado junto ao governo do Estado para estreitar relacionamentos, em busca de representação qualificada em Itaúna. Tenho mantido um diálogo aberto com a comunidade, no qual, juntos, avaliamos o que é possível e necessário fazer para ajudar a nossa região. Minha principal motivação para me candidatar, além da minha qualificação como administrador, foi constatar que mais de 50% dos votos itaunenses vão para candidatos de fora, que depois de eleitos desaparecem. Votos esses, que são suficientes para me eleger. Analisando minuciosamente os dados de eleições passadas, percebi que Itaúna tem sim condições reais de ter mais de uma representatividade na ALMG. Quando fazemos uma análise criteriosa do nosso cenário político, entendemos que partidos menores, como o meu, precisam de menos votos para eleger um candidato, o que é o meu caso. Logo, fará parte da minha campanha alertar o eleitorado itaunense para esse fato. Vamos trabalhar a conscientização sobre a importância do voto de cada eleitor de Itaúna. Nós somos um polo forte, tanto que centenas de candidatos vêm para Itaúna buscar votos. A diferença é que quando eleitos, eles se esquecem da gente. Eu sou itaunense, nascido e criado. Tenho minha vida inteira construída aqui e meu objetivo é trabalhar pela minha gente.
Jornal S’PASSO – Você falou no “Encontro com a Política” que está cansado de ouvir dos políticos as mesmas promessas e dos eleitores as cobranças de antigas demandas. Sua candidatura pretende ser diferente das anteriores em que? Fale um pouco dos seus principais projetos. Existe a possibilidade de desistência de seu nome em favor de outro (a) candidato (a)?
Alessandro Tomaz – Temos muitos projetos que foram prometidos e nunca cumpridos. Temos problemas de infraestrutura que comprometem a segurança da população, outros que dificultam o desenvolvimento socioeconômico. A população sabe do que eu estou falando. Eu conversei muito sobre isso com o meu partido e lá, sempre debatemos sobre recursos públicos que acabam perdidos ou mal gastos, por falta de análises técnicas. Buscar recursos e alianças para viabilizar esses projetos tão aguardados pela nossa população será minha tarefa diária. A saúde está em 1º lugar, principalmente, tendo em vista que Itaúna atende demandas de toda a região. Junto a isto, pretendo trabalhar os projetos que englobem a urbanização, indispensável para Itaúna. Com a minha formação acadêmica, posso afirmar que onde tem urbanização, tem progresso, tem produtividade e tem desenvolvimento socioeconômico.
Jornal S’PASSO – Vivemos um momento conturbado na política brasileira, com uma forte polarização em nível federal. Como você vê o cenário político no que diz respeito às eleições para presidente? Muitos preveem que as eleições 2022 terão uma temperatura mais alta, até mesmo com ocorrência de violência física, por causa do acirramento das paixões ideológicas de grupos ligados aos candidatos Bolsonaro e Lula. Qual é sua análise?
Alessandro Tomaz – Vejo o cenário muito disputado, competitivo e indeciso. Espero que seja uma eleição de paz e harmonia, afinal, é uma eleição, não uma guerra. E este pleito será curioso, porque pela primeira vez temos dois candidatos que já foram testados na presidência da república.
Jornal S’PASSO – Qual é a avaliação sua sobre o governo Zema e do presidente Jair Bolsonaro?
Alessandro Tomaz – O governo Zema se mostrou muito eficiente, trabalhando de uma forma simples e objetiva. O governo Bolsonaro também buscou trabalhar desta forma.
Jornal S’PASSO – Mais especificamente de Bolsonaro, como você avalia as críticas que ele faz do processo eleitoral ao colocar em dúvida a confiança nas urnas eletrônicas?
Alessandro Tomaz – Ele foi eleito deputado algumas vezes e, posteriormente, presidente nas urnas eletrônicas. Então, não há o que temer. Criar essa dúvida agora é trabalhar contra si mesmo. A segurança das urnas eletrônicas já está mais que comprovada.
Jornal S’PASSO – Vamos falar do fundo partidário. Usar ou não usar? No seu caso, como ele será distribuído pelo DC em Minas Gerais?
Alessandro Tomaz – O meu partido é pequeno. Logo, os nossos recursos são poucos. Nossos compromissos estão sendo feitos com recursos próprios. Pode ser que haja apoio do partido e se vier será devidamente investido no material informativo de campanha, para que o eleitorado conheça bem o nosso projeto para Itaúna.
Jornal S’PASSO – A sua campanha contará com uma dobradinha com algum dos candidatos a deputado federal em Itaúna?
Alessandro Tomaz – Nenhum candidato me procurou ainda. Mas estou aberto para ouvir as propostas deles para a nossa cidade e, caso tenhamos ideais em comum, vamos trabalhar em conjunto.
