No dia 1º de dezembro as escolas da rede estadual de Itaúna irão eleger seus novos diretores e diretores adjuntos, numa eleição que acontece ao meio de algumas denúncias e rumores de irregularidades financeiras em alguns educandários. Há poucos meses o diretor da Escola Estadual de Itaúna foi afastado e chegou a ser detido pela polícia por causa de suspeita de desvio de mais de R$ 200 mil do caixa da instituição. A reportagem tem informações de que o processo ainda está em andamento junto da Secretaria de Estado da Educação de Minas Gerais e as investigações permanecem em segredo. O referido diretor foi exonerado e uma nova eleição vai acontecer na Escola Estadual no dia 1º de dezembro.
Agora também a Escola Estadual Professora Gilka Drumond de Faria, no bairro Nogueira Machado, é envolvida em denúncias de desvio de dinheiro do caixa escolar e a diretora, suspeita de ser autora das irregularidades, está afastada.
Em resposta ao questionamento feito pelo Jornal S’PASSO, a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais informou que houve mudança na direção da Escola Professora Gilka Drumond após irregularidades relacionadas à gestão da unidade escolar, constatadas pela Superintendência Regional de Ensino de Divinópolis. O relatório do serviço de inspeção foi encaminhado para a Controladoria Setorial da Secretaria que está avaliando o caso para tomada das medidas administrativas cabíveis, considerando os princípios da ampla defesa e contraditório. O processo referente a essas irregularidades também está sob a investigação dos órgãos de segurança competentes.
Chapa única na Escola Estadual é combatida por alguns professores
Todas as escolas estaduais em Itaúna estão se preparando para a eleição do dia 1º de dezembro. O Jornal S’PASSO cobrou da Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado de Educação a lista com as chapas dos candidatos no município, mas até o fechamento desta edição não recebemos resposta.
Na Escola Estadual, onde aconteceu o afastamento do diretor suspeito de irregularidades, apenas uma chapa para a direção do educandário foi registrada. Os professores José Ronaldo, de Matemática, e Giovana Silva, de Sociologia, são respectivamente os candidatos a diretor e vice-diretora. Em campanha, a fim de conquistarem os votos suficientes para a legitimação do processo, prometem “ampliar o aparato tecnológico da escola, mais envolvimento da comunidade escolar, melhoria dos números do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, incentivar a interação entre professores e alunos e maior transparência do uso dos recursos financeiros, além da conquista de outras verbas para a instituição”.
A chapa única parece que não está sendo bem aceita por alguns colegas. Um professor, que preferiu não ter seu nome revelado, disse que outros colegas também não veem com bons olhos as candidaturas. Além de ser chapa única, sem ampliar as possibilidades de outras candidaturas democraticamente, o professor afirma que o colega candidato não é democrático, não tem bom relacionamento com os profissionais da escola e que tem deixado a instituição sem atendimento adequado. Há falta de água na escola com frequência. Ele trata os funcionários de forma agressiva e a escola está “uma bagunça geral”, com grande índice de evasão escolar. A última observação deste crítico da chapa única é com relação à rampa de acesso que foi construída no prédio e que não é utilizada “só fica fechada”.
Os membros da chapa única disseram à reportagem que não irão polemizar diante das críticas que estão sendo feitas e até mesmo da propaganda contrária por parte de “alguns poucos colegas”. Para eles é triste essa situação. No entanto, afirmaram que irão seguir adiante com o propósito de dar continuidade à candidatura e às suas propostas de mudança na Escola Estadual.