Os vereadores da oposição se manifestaram com muita indignação contra as falas do prefeito Neider Moreira (PSD) na entrevista ao Jornal S’PASSO na edição passada. Gustavo Dornas (Patriota) e Kaio Guimarães (PSC) pontuaram que o chefe do executivo foi indelicado com os professores quando ao explicar o piso salarial para os profissionais da educação básica, que criou o critério da proporcionalidade, disse que eles querem receber sem trabalhar. Ou seja, receber o total de horas somente para parte da categoria, quando na verdade sua atuação profissional no dia a dia é menor do que as especificações do piso salarial. “Não podemos admitir que o prefeito ofenda uma classe que educa os nossos filhos”, protestou Gustavo Dornas. Antônio de Miranda (PSC) também questionou “a manobra da administração municipal”, que em vez de conceder reajuste de salário, impôs à categoria um rebaixamento de valores remuneratórios sem diminuição de carga horária trabalhada. “Nunca vi isso acontecer, nem em empresa particular, nem pública”, pontuou Miranda. O imbróglio causado pelo projeto de lei que definiu o pagamento do piso salarial aos professores da educação básica e, agora, a denúncia de que alguns profissionais da educação tiveram seus salários reduzidos, motivou os vereadores a proporem a realização de uma audiência pública com os envolvidos nessa situação. A mesma foi agendada para quinta-feira (15), na Câmara, com a presença do secretário de Educação, Weslei Lopes, o procurador geral, Guilherme Nogueira Soares, vereadores e professores.
“Nós não somos preguiçosos”
Gustavo e Kaio também contestaram as falas do prefeito na entrevista, sobre os próprios vereadores, que no entendimento do chefe do executivo não se preocupam em buscar as informações corretas emitindo opiniões falsas e encaminhamento de votação equivocado. Na entrevista, Neider acusa os vereadores de serem preguiçosos para alguns assuntos. Gustavo Dornas e Kaio Guimarães não gostaram nem um pouco a afirmação. “Respeite essa casa, senhor prefeito, como sempre respeitamos o senhor”, vociferou Kaio. “Aqui não tem nenhum vereador preguiçoso”, rebateu Gustavo.
Somente serviços que dão lucro?
Gustavo Dornas também fez reparos à entrevista do prefeito sobre o recolhimento do lixo da saúde, já que o chefe do executivo afirmou que a Prefeitura não tem interesse em continuar prestando esse serviço. Neider disse ao S’PASSO que a coleta desse material, proveniente de consultórios médicos e odontológicos, farmácias, laboratórios, entre outros, traz prejuízos mensais em torno de R$ 26 mil. “Isso é um absurdo. Será que o prefeito vai continuar trabalhando com serviços que apenas geram lucro?”, questionou Dornas, que também é dentista.
