Novamente chegam à redação do Jornal S’PASSO rumores sobre o encerramento das atividades da centenária Companhia de Tecidos Santanense por questões financeiras. As mudanças administrativas da empresa vêm agora com o indicativo de que já existe por parte do controlador acionário, o Grupo Coteminas, um decreto de falência e de recuperação judicial em andamento.
No entanto, a reportagem apurou, depois de ouvir um funcionário da administração da Santanense, que realmente a fábrica de tecidos está com dificuldades financeiras, mas ao mesmo tempo vem buscando meios de solucioná-la e voltar à normalidade aos poucos. “Será um ano difícil sim e os dois próximos meses serão muito complicados. Mas esperamos uma recuperação ascendente a partir de abril”, afirmou.
Há poucos dias a Companhia de Tecidos Santanense foi acusada de atrasar o pagamento dos funcionários e deixar de fornecer o ticket de alimentação. Essas informações também não foram confirmadas por nenhum membro da diretoria, no entanto antigos funcionários da empresa encaminharam à redação mensagens de que a situação da fábrica estava se complicando, uma vez que a própria situação da Coteminas indicava prejuízos financeiros. De lá para cá cresceram os rumores de um processo de falência e que alguns empregados já estariam buscando meios legais, através de consulta a advogados, a fim de garantirem os direitos.
A fábrica do coronel Souza Moreira
A Cia. Tecidos Santanense, hoje pertencente ao Grupo Coteminas, foi fundada em 23 de outubro de 1891, pelo tenente coronel Manoel José de Souza Moreira e pelos filhos Augusto Gonçalves de Souza Moreira e Manoel Gonçalves de Souza Moreira. O primeiro, fundador do município de Itaúna, o segundo, criador da Casa de Caridade – o Hospital de Itaúna. A antiga fazenda da Cachoeira, onde se instalaram as primeiras máquinas da industrial têxtil, deu origem ao bairro Santanense.