O relato de uma mãe – com informações acrescentadas por outros familiares – denuncia que pode ter havido negligência de atendimento na maternidade do Hospital Manoel Gonçalves na semana passada. A criança morreu no útero da mãe, que ficou em sofrimento por horas, sem o atendimento do médico. Ela se internara no sábado (20) e aguardava cesariana para que o parto acontecesse e sua filha Catarina nascesse, como já estava marcado. O médico teria demorado muito para atendê-la e fazer o encaminhamento, quando o fez já era tarde, o bebê morreu no útero da mãe.
Às 11h20 do domingo (21), quase morrendo de dor, viu que tinha perdido sua filha. Depois disso, os relatos são muito tristes e as pessoas pedem justiça para que outros óbitos não venham acontecer por falta de atendimento na maternidade. Uma senhora, nas redes sociais, dois dias depois do ocorrido, escreveu: “O nome desse médico precisa ser revelado gente, porque se trata de irresponsabilidade da parte dele. Quantas outras mães ainda vão pegar plantão dele sem saber que ele é o autor disso tudo? Tentar salvar um bebê e não conseguir por complicações, é triste, mas você sabe que quem podia tentar salvar, tentou. Agora um médico que só precisava fazer uma cesariana, de uma bebê saudável, que ele se negou a fazer e devido a isso uma bebê perdeu a vida!? Como aceitar isso? Quem mais vai precisar passar por isso?”.
Direção do hospital diz que vai apurar os fatos
Na Câmara Municipal, na terça-feira (23) os vereadores trataram do assunto com certa reserva – sempre elogiando a direção do Hospital – e pediram providências para apurar as responsabilidades. Nas redes sociais o assunto continua sendo tratado e alguns políticos tem usado com muita frequência a suposta negligência da maternidade da “Casa de Caridade”.
O Jornal S’PASSO pediu à direção do Hospital Manoel Gonçalves, agora sob o comando do conselheiro Antônio Fernando Guerra, respostas às denúncias. A assessoria de imprensa limitou-se a dizer que “a diretoria está apurando os fatos”.
