Fogo em lotes no bairro João Paulo II indica que as queimadas estão de volta ao cenário da cidade

Moradora da comunidade reclama que muitas pessoas já estão sofrendo com o problema decorrente da fumaça e da fuligem; Corpo de Bombeiros diz que tem sido grande a demanda por atendimento do pelotão

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O tempo seco e o vento que já se insinua antecipando o mês de agosto indicam um cenário feio e destruidor das queimadas. O fogo colocado em restos de limpeza de quintais e lotes vagos se espalha com facilidade trazendo prejuízos ao patrimônio, com sujeira nas residências e comércios e danos à saúde das pessoas, sobretudo as que têm problemas alérgicos.

Pequenos focos de queimadas estão acontecendo por toda a cidade neste mês de julho. Uma cidadã, moradora do bairro João Paulo II – que pediu para não ser identificada –, encaminhou à reportagem um vídeo de um grande incêndio ocorrido na tarde de quinta-feira (6) num lote à rua Amélia Ribeiro da Silva. Ela relata que as pessoas têm feito isso com frequência naquele bairro, cada dia colocando fogo num lugar diferente.

“Os donos dos lotes fazem a limpeza somente quando os moradores denunciam na prefeitura, depois limpam dessa maneira, colocando fogo. Todo ano nessa época é assim. Os proprietários dos lotes deveriam ser multados por limparem dessa maneira. Muitos moradores, inclusive crianças pequenas com problemas respiratórios, tendo que conviver com essa fumaça. Enquanto não tiver punição vão continuar fazendo assim. É preciso cobrar de quem é responsável por fiscalizar”, pontua a moradora do João Paulo II.

Um ipê amarelo queimado no lote vago

O vídeo encaminhado à reportagem mostra as labaredas e uma grande fumaça escura que invade toda a rua. Ela relata com tristeza que neste lote, na rua Amélia Ribeiro da Silva, foi plantada uma árvore de ipê amarelo, “que vi florescer somente uma vez, porque todo ano eles colocam fogo e ele queima”.

Corpo de bombeiros trabalhando mais

O comandante da unidade do Corpo de Bombeiros em Itaúna, tenente Julião, confirmou à reportagem do Jornal S’PASSO que a cidade já está sofrendo o impacto do aumento das queimadas devido ao período de estiagem. E pode-se afirmar que tem sido grande a demanda do serviço do pelotão a fim de debelar os focos de incêndio em matas e lotes vagos na zona urbana da cidade.

“Tivemos um aumento significativo nesses últimos dias, não posso precisar números no momento, mas está acima dos meses anteriores”, relatou.

Meio Ambiente não se manifesta

A reportagem quis saber se é também significativo o número de ocorrências junto à Gerência Superior de Meio Ambiente da Secretaria Municipal de Regulação Urbana. O responsável pelo setor, Marcelo Nogueira, não respondeu a mensagem do Jornal até o fechamento dessa matéria.