O presidente da Câmara Municipal, Alexandre Campos (União Brasil) expôs na reunião do legislativo no início dessa semana a situação de grave crise financeira da Casa de Caridade Manoel Gonçalves de Souza Moreira. Como membro do Conselho Administrativo, representando a Câmara, Campos afirmou que a última assembleia da instituição, realizada no dia 29 de setembro, não trouxe nenhuma resolução acerca da eleição do novo Conselho de Curador e que o médico Augusto Machado de Souza continua respondendo como provedor interino, até que o Ministério Público, acionado pelo Hospital, tome providências. É possível, como já anunciou o Jornal S’PASSO em sua última edição, que o MP acione a Prefeitura para assumir a administração da instituição.
A Casa de Caridade Manoel Gonçalves de Souza Moreira, a despeito de recursos de emendas parlamentares, dinheiro de empresários e pessoas físicas e verbas do município, somente da Prefeitura são R$ 450 mil mensais, padece com prejuízos de R$ 1,5 milhão por mês e cerca de R$ 18 milhões/ano. Alexandre mostrou as despesas e a receitas do Hospital no mês de agosto e voltou a dizer que a situação é de grande dificuldade com risco de interrupção de alguns procedimentos importantes.
Os vereadores se manifestaram acerca do assunto e foi proposto que seja criada uma comissão para verificar a situação e buscar novos projetos para salvar o Hospital. Também foi sugerido que se crie um consórcio entre as cidades que utilizam o atendimento médico da instituição e assim viabilizar captação de mais dinheiro para acudir as despesas mais urgentes.
O problema financeiro do Hospital Manoel Gonçalves, assim como de inúmeras instituições, esbarra na destinação de recursos do governo federal provenientes do pagamento de atendimentos do Sistema Único de Saúde (SUS). A tabela de valores está congelada desde 2014.
