Secretário de Saúde Fernando Meira diz que caso não haja reversão rápida da situação, com auxílio federal ou estadual, município passará por desabastecimento completo
O Hospital de Itaúna corre o risco, como muitas outras unidades de saúde do Brasil, de entrar em colapso por falta de insumos essenciais para o tratamento da Covid-19 e também medicamentos destinados a pacientes que estão no Centro de Tratamento intensivo – CTI. Algumas cidades estão em alerta porque essas drogas vão se esgotar nos próximos dias devido ao agravamento das contaminações e a superlotação dos leitos hospitalares.
O secretário municipal de Saúde, Fernando Meira de Faria, conversou no início da noite desta sexta-feira com o Jornal S’PASSO e reafirmou que a situação é preocupante. Segundo ele, o hospital Manoel Gonçalves é o único destinado ao atendimento de pacientes do município e da região e há alguns dias a ocupação de leitos está muito além da capacidade e as condições de abastecimento de sedativos e bloqueadores neuromuscular ficaram críticas. Meira disse que o cenário caótico gerado pela pandemia e o enfraquecimento das condições de saúde dos municípios são parecidos em várias partes do Estado. “É uma situação muito complexa que já impacta o atendimento e, caso não haja uma reversão rápida dessa situação, com algum auxílio federal ou estadual, o município poderá passar por um desabastecimento completo”, alertou.
O secretário de Saúde informou que Itaúna necessita de alguns medicamentos básicos para intubação, como Midazolan, Fentanil, Rocurônio e Propofol, entre outros, atualmente muito demandados e que não estão sendo encontrados no mercado. “O Hospital tem feito os maiores esforços para conseguir o mínimo de estoque possível, mas a gente sabe que a situação é muito crítica e pode impactar inclusive a abertura de novos leitos”, considerou.