Instituições de ensino se posicionam sobre o retorno das aulas presenciais

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Escolas públicas aguardam decisão dos governos; particulares informam que adaptações foram realizadas para receberem alunos e professores imediatamente

O que os dirigentes de escolas em Itaúna têm a dizer acerca da movimentação – muito mais em postagens nas redes sociais do que em ações mais diretas – para o retorno das aulas presenciais? Nas instituições públicas, tanto do estado, quanto do município, vimos mais de perto a opinião de professores e mesmo de dirigentes. E a fala quase que é uníssona: é necessário que haja vacina para todos os profissionais da educação e os alunos, e as escolas precisam se adequar em logística e estrutura para reabrirem suas portas. Os professores da educação pública, procurados pela reportagem do Jornal S’PASSO foram unânimes em afirmar que seu posicionamento não tem o peso de decisão, uma vez que ela cabe aos governantes, no caso as secretarias de Educação. Tanto o governo do estado, quanto do município sabem o que precisa fazer para que as aulas presenciais aconteçam novamente. Os dirigentes das instituições de ensino que falaram à reportagem mostraram que não veem a hora de reabrir a escola para receber alunos e professores. Eles garantem que as aulas on-line estão acontecendo, à custa de um esforço gigantesco de muitos profissionais e do interesse vacilante de inúmeros estudantes, que preferiam (e necessitam) restabelecer o contato físico com os colegas, na sala de aula, noutros espaços de interação. No caso de algumas instituições, os alunos dependem desse contato para saírem de um ambiente de vulnerabilidade social, que são os lugares em que vivem. E muitos dependem até da escola para terem uma alimentação mais adequada. A escola, para muitos, é um refúgio que contrapõe aos espaços de convivência doméstica, transformados em lugares de violência, drogas e de grandes carências afetiva e material. Entretanto, a Prefeitura de Itaúna mantém alguns recursos para os estudantes mesmo com as escolas fechadas. É o caso da bolsa auxílio de meio salário para os quase 100 estudantes da Escola Municipal Dona Dorica (Granja Escola São José). A diretora Andréia Fortunato contou ao Jornal S’PASSO que os pagamentos estão sendo feitos mensalmente para os alunos que realizam as atividades propostas pelos professores (agora de forma on-line). Na sua avaliação, muitas famílias dependem desse recurso até mesmo para ajudarem nas despesas da casa.

Colégio Santana: Novas tecnologias para o ensino híbrido

O diretor do Colégio Santana, Kéober José Carlos Freitas respondeu que querem voltar às atividades o quanto antes, mas a decisão depende das autoridades, do poder público municipal. Entretanto, informou que ao longo desse período de portas fechadas, mas com aulas virtuais em todos os níveis de aprendizado, o colégio se organizou, construindo um protocolo e realizando adaptações para o retorno seguro. Também pontuou que programas tecnológicos estão sendo implantados para atenderem àqueles que optarem para a continuidade das aulas on-line mesmo com a liberação do presencial. “Foi realizada uma reunião com autoridades do governo municipal em fevereiro e criado um comitê para deliberar sobre o assunto. Estamos aguardando as decisões de quando e como será o retorno. O Colégio Santana está preparado para isso”, observou.

SESI: Mínimos detalhes para o retorno

No SESI, formos recebidos pela supervisora administrativa Karla Cordeiro de Souza, que prometeu um retorno da diretora Sara Cristina Silva de Souza. As decisões do SESI passam pela direção do Sistema Fiemg, com deliberações noutras instituições do Estado. Dessa forma a direção encaminhou aos pais e responsáveis pelos alunos um comunicado, assinado pela diretora Sara, tratando do assunto. 

Também o SESI informa que as aulas  remotas estão sendo realizadas desde o início da pandemia e enquanto essa situação perdura, a entidade trabalha para adaptar e sinalizar todos os espaços físicos. “Estamos cuidando dos mínimos detalhes para que possamos retornar às aulas presenciais com saúde e segurança. Estamos preparados para o retorno, assim que as autoridades sanitárias de nosso município autorizarem”, ressaltou. A direção do SESI contou que está acompanhando com muito interesse as publicações dos órgãos oficiais relacionadas ao contexto educacional e à pandemia do novo coronavírus, para que suas decisões sejam acertadas em consonância com o melhor atendimento aos alunos, familiares e empregados. O comunicado diz que o SESI, em todas as suas estruturas, está dialogando com a Prefeitura e adotou protocolos sanitários e medidas de proteção, para garantir a saúde e a segurança de alunos e profissionais. Diversas medidas estão sendo adotadas em suas unidades, como uso obrigatório de máscara, medição de temperatura na portaria, disponibilização de álcool em pontos estratégicos. Autorizado o retorno das aulas presenciais as medidas serão mais criteriosas como o distanciamento físico nas salas de aula e espaços comuns, como bibliotecas, laboratórios de informática e cantinas, rigorosa higienização de todas as superfícies, cartazes com dicas de como se prevenir. Faz questão ainda de informar que a Rede SESI está realizando a testagem de todos os seus empregados e estagiários.

Educare aposta em salas amplas e estrutura segura

O professor Paulo Henrique Guimarães, dirigente do Colégio Cenecista Esducare contou que o momento pede cautela quando se trata de defender o retorno das aulas presenciais. “Temos que garantir segurança para todos os envolvidos, mas o colégio está preparado em toda sua estrutura, inclusive por ser um prédio com amplo espaço, para esse retorno. Vamos fazer o que o município determinar”, posicionou. Guimarães contou que o Colégio Educare está realizando suas atividades de forma remota e se adaptado bem a elas, mas que assim que for definida a reabertura, a instituição está pronta.

Anglo e  Retiro do Espírito Santo não se pronunciaram

A reportagem não conseguiu ouvir os dirigentes dos demais colégios de Itaúna:  Losango (Colégio Anglo) e Recanto do Espírito Santo. Do Losango, fomos informados que a diretora Tânia Diniz estava doente, afastada das funções. Do novato Colégio Retiro do Espírito Santo, pediram para que encaminhássemos as questões por e-mail. Até o fechamento da matéria não houve retorno.  

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