Focos de Dengue em Itaúna estão muito além dos números considerados de alto risco

Mais de 94% estão dentro das residências. Altas temperaturas e chuvas são condições ideais para o desenvolvimento do mosquito transmissor

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A Secretaria Municipal de Saúde divulgou no início desta semana o resultado do primeiro LIRAa, Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti, de 2023 e, como adiantou o secretário municipal de Saúde Fernando Meira de Faria em entrevista ao Jornal S’PASSO há poucos dias, os números indicam que Itaúna está em alto risco de infestação do mosquito transmissor da Dengue, Zika, Chikungunya e Febre Amarela.

Os registros da Secretaria de Saúde são de 12,7%, ou seja, alarmantes já que acima de 4,0% é considerado alto risco de epidemia, segundo o Ministério da Saúde. A pesquisa foi realizada na segunda semana do ano, entre os dias 9 a 13 de janeiro e foram vistoriados 1.808 imóveis e coletados 420 tubitos com larvas, os quais foram encaminhados para análise no laboratório do setor de Vigilância Ambiental do município.

Boa parte dos bairros com maiores quantitativos de recipientes positivos para o Aedes já apareceu em outros levantamentos como o Santa Edwiges, Padre Eustáquio, Nova Vila Mozart, Cerqueira Lima, Várzea da Olaria, Nogueira Machado, Santo Antônio, Tropical, Parque Jardim, Itaunense, Lourdes, Morro do Engenho e também o Centro. O mesmo levantamento mostrou que os recipientes com maior incidência de focos são passíveis de remoção como plantas aquáticas, vasos de plantas, baldes, reservatórios de geladeiras, baldes, piscinas, garrafas, latas, lonas, bombonas, dentre outros.

Esforço conjunto para eliminar o Aedes-aegypti

O secretário Fernando Meira enfatiza novamente que é necessária a participação da população com, pelo menos dez minutos semanais, para a vistoria das residências e eliminação de recipientes que possam acumular água. Com essa participação e a ação dos agentes de saúde da Prefeitura será possível reverter este quadro.

“Vamos observar as caixas d’água, colocar areia nos pratos de plantas, retirar e lavar o recipiente atrás da geladeira, deixar as garrafas de boca para baixo, lavar vasilha dos animais domésticos, não deixar pneus expostos ao tempo, entre outras ações que fazem a diferença. Pelo bem coletivo de toda a nossa cidade, devemos fazer nossa parte”, reitera.