Minas Gerais vive uma epidemia da Dengue e o mosquito Aedes-aegypti voltou a atacar com fúria para lembrar que precisamos cuidar do quintal e da água parada dentro de casa. Até 17 de abril, Minas Gerais registrou 207.763 casos prováveis, casos notificados exceto os descartados, de Dengue. Desse total, 87.765 casos foram confirmados para a doença. Há 39 óbitos confirmados no Estado e 103 óbitos em investigação. Em relação à febre Chikungunya, foram registrados 46.766 casos prováveis da doença, dos quais 18.494 foram confirmados. Até o momento, foram confirmados 11 óbitos por Chikungunya e 13 estão em investigação. Quanto ao vírus Zika, até o momento foram registrados 202 casos prováveis. Há 19 confirmados para a doença e não há óbitos por Zika em Minas, até o momento.
Tendo em vista os números de cidades com até 100 mil habitantes, Itaúna já é considerado um município de alto risco para a doença e próximo de uma endemia, com porcentagem de propagação da doença amplificada. Os números são preocupantes de acordo com o último Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (Liraa), de 2023, que apontou alto risco de infestação do mosquito na maioria dos bairros da cidade. Os registros da Secretaria de Saúde naquele momento eram de 12,7%, ou seja, alarmantes já que acima de 4,0% é considerado alto risco de epidemia, segundo o Ministério da Saúde. Na segunda-feira (17) o mesmo Boletim mostrou que Itaúna confirmou 116 casos de Dengue e 6 de febre Chikungunya. Em outras cidades da região, como Juatuba e Mateus Leme, os números são ainda mais alarmantes
O problema é nosso e a solução depende de cada um
A redução de focos para a proliferação do mosquito da Dengue e o fim da doença em todo o país só depende da educação das pessoas, especialmente no que diz respeito à limpeza dos quintais, lotes vagos, caixa d’água e piscinas, manutenção de vasos de plantas com água, entre outras medidas. A Secretaria Municipal de Saúde e a Vigilância Sanitária têm batido nessa tecla de que todos nós somos responsáveis pelo controle da Dengue em nossa cidade.
O Jornal S’PASSO há muito vem pontuando a questão do excesso de depósitos de lixo irregulares por toda a cidade. Essa situação só tende a agravar os riscos de contaminação. Um passeio pelo centro e alguns bairros mostra lotes particulares sem limpeza, sendo transformados em depósitos irregulares de lixo.