Uma nova análise do Governo do Estado sobre o Programa Minas Consciente, que faz a gestão dos protocolos de controle da COVID – 19, deixou em suspense parte dos comerciantes de Itaúna, principalmente os donos de bares e restaurantes. O comitê gestor classificou a cidade na Onda Vermelha, o que significa a necessidade de fechamento de bares, restaurantes, salões de beleza e clínicas de estética e funcionamento apenas dos serviços essenciais. Porém, o Programa oferece a oportunidade de a cidade alterar a zona na qual melhor se enquadra e o Comitê de Enfrentamento ao Coronavírus de Itaúna, definiu pela mudança de região de saúde, para que a cidade pudesse permanecer na onda amarela. Antes, Itaúna fazia parte da microrregião que compõe as cidades de Pará de Minas, Igaratinga, Itatiaiuçu, Itaguara, Piracema e Lagoa da Prata. Agora, faz parte da Macrorregião Oeste de saúde, pertencente a Divinópolis, que ainda se encontra na onda amarela.
O Secretário Municipal de Saúde, Fernando Meira, que também é presidente do Comitê de Enfrentamento a doença na cidade, explicou à reportagem que essa mudança repentina se deu pelo alto índice de ocupação nos leitos e os tratamentos precoces realizados no CTI. “O planejamento do município, era termos 18 leitos de CTI pelo SUS para o tratamento da Covid-19. Mas uma deliberação da Secretaria de Saúde do Estado nos permitiu apenas ficar com os oito leitos já pré-definidos para o enfrentamento da doença; os outros dez estão sendo utilizados para internamentos intensivos recorrentes do Hospital. Por isso, estamos sempre com o índice de ocupação dos leitos altos. Nessa sexta, por exemplo, estávamos com sete internamentos pela Covid, restando apenas um leito e apesar desta taxa de ocupação ser rotativa, ela eleva os índices para irmos para a onda vermelha”, pontua.
Fernando Meira alertou que a reclassificação serve de alerta a todos os cidadãos para que continuem mantendo as regras de distanciamento, higienização e o uso de máscara, principalmente nos comércios que abriram recentemente. Itaúna está com um índice de mortalidade 50% menor do que o estado e um terço menor que o do Brasil. Estamos conseguindo superar bem a doença, principalmente com os tratamentos precoces, quando identificado o vírus. Pretendemos voltar para a microrregião, mas precisamos de um esforço maior da população”, finalizou.