Itaúna registra queda de 313 vagas de emprego no último mês

Setor da construção civil, em processo de desaquecimento, é o grande vilão do número de desempregados

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O desaquecimento de alguns setores da economia e, especialmente de demissões em massa, na área da construção civil, principalmente devido ao baixo investimento em construções populares, foi fator decisivo para que Itaúna contabilizasse saldo negativo de 313 vagas de empregos. Os números mostram que houve redução do número de empregados com carteira assinada para 27.701 pessoas, o que representa 29,51% da população de Itaúna, de 2022, segundo dados do IBGE. Houve uma queda acentuada no setor da construção civil com 326 demissões. Em outros setores, apenas o agronegócio, com dois novos empregos, e da prestação de serviços, com mais 67 empregos, apresentaram saldo positivo. Os números indicam ainda que o comércio teve sete demissões e a indústria, 49. Esses dados levam ao saldo negativo de 313 desempregos em Itaúna.

As informações do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados também não são positivas na avaliação de especialistas quando se verifica que o maior número de empregos criados no Brasil é no setor de serviços, o que representa queda na média salarial, visto que esta área é majoritariamente formada pelos chamados “empregados domésticos”, que recebem os menores salários.

No Brasil foram criadas 278.085 novas vagas, sendo que 122.562 delas foi no setor de serviços. No entanto, esses números de novos empregos foram menores do que os de agosto, quando 285.314 novos postos foram criados. Dados oficiais do governo federal mostram que o Brasil registrou a abertura de 278.639 vagas com carteira assinada nesse mês, segundo o Novo Caged, divulgado no final de setembro pelo Ministério do Trabalho e Previdência. Foram 2.051.800 contratações no mês de julho e 1.773.161 desligamentos. Os resultados positivos mostrados pelo governo ocorreram em todos os setores da economia e em todos os estados e no Distrito Federal, com destaque para São Paulo, que gerou no mês 74.973 postos de trabalho. A região Nordeste registrou o maior crescimento relativo entre as cinco regiões brasileiras, com crescimento de 0,96% da força de trabalho.

Os números confirmam um destaque para o setor de serviços, que apresentou o melhor desempenho no mês, gerando 141.113 vagas. Em seguida vem a Indústria, com 52.760 postos formais. Também foram positivos os saldos do Comércio, (41.886); da Construção civil, (35.156) e da Agropecuária, que gerou 7.724 vagas no mês. Ainda assim o índice de desempregados no País continua em torno de 10%.

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