O mercado de trabalho formal em Itaúna, apresentou um desempenho desfavorável no mês de abril de 2025, registrando um saldo negativo de 79 postos de trabalho com carteira assinada. De acordo com os dados do Painel de Informações do Novo CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho e Emprego, o município contabilizou 1.622 admissões contra 1.701 desligamentos no período. O estoque total de empregos formais na cidade, ao final de abril, era de 32.352 vínculos.
A análise por setor de atividade econômica revela que a Indústria foi a principal responsável por essa retração, com um saldo negativo de 261 postos de trabalho (563 admissões contra 824 desligamentos). O setor da Construção também contribuiu para o saldo negativo, perdendo 26 postos. Em contrapartida, o setor de Serviços apresentou um saldo positivo de 46 novos empregos, enquanto a Agropecuária gerou 5 vagas. O Comércio registrou um saldo neutro de 0 vagas.
Perfil dos Desligamentos e Saldo por Instrução e Idade:
Os dados desagregados por grau de instrução mostram que os desligamentos foram mais significativos entre trabalhadores com Ensino Médio Completo, que apresentaram um saldo negativo de 46 vagas. Trabalhadores com Ensino Superior Incompleto e Completo também tiveram saldos negativos, de 17 e 6 vagas, respectivamente.
Em relação à faixa etária, o saldo negativo foi mais acentuado entre homens, que perderam 164 postos, enquanto mulheres tiveram um saldo positivo de 85 vagas. A faixa etária entre 30 e 39 anos foi a mais afetada, com um saldo negativo de 60 vagas, seguida pela faixa de 25 a 29 anos (-33) e 40 a 49 anos (-16). Por outro lado, a faixa de 18 a 24 anos registrou um saldo positivo de 36 vagas, indicando alguma absorção de mão de obra mais jovem.
Evolução do Mercado de Trabalho:
A série histórica de Itaúna no Painel do Novo CAGED mostra flutuações nas admissões e desligamentos ao longo dos anos, com picos de movimentação em 2022 e 2023. O saldo mensal, por sua vez, tem apresentado variações, com o resultado de abril de 2025 indicando um recuo no ritmo de crescimento do emprego formal que vinha sendo observado em alguns meses anteriores.
