O engenheiro mecânico Francis José Saldanha Franco, assumiu a diretoria de Atendimento e Acervo do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG). A posse foi na primeira plenária do Conselho, no dia 19 de janeiro. Fracis que é professor da Universidade de Itaúna há 34 anos, já esteve à frente da diretoria de Planejamento, Gestão e Tecnologia do CREA, nos anos de 2019 e 2020, quando acompanhou de perto a migração para a plataforma de serviços online da entidade.
Segundo Francis, a expectativa é que o ano seja bastante proveitoso, com avanços na gestão. “A situação do Conselho, hoje, tanto financeira quanto política, nos faz acreditar que o ano será muito bom. Nesse cenário, o Crea-MG pode continuar implementando melhorias em seus serviços e, também, pode ampliar as parcerias com as câmaras e prefeituras”, acredita.
Francis, que também é advogado, já foi vereador em Itaúna no mandato de 2013 a 2016, sendo presidente da Câmara Municipal em 2015 e 2016. Especialista em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas e mestre em Engenharia Metalúrgica e de Minas pela Universidade Federal de Minas Gerais, ele formou-se na Universidade de Itaúna em 1989. Logo na sequência, começou a lecionar para as turmas de Engenharia e não demorou muito para que começasse a participar ativamente do Crea-MG. Em 1994, foi inspetor modal em Itaúna. Em 1998, foi conselheiro suplente, representando a UIT no plenário do Crea-MG, pela primeira vez. De 2003 a 2005, foi inspetor-chefe em Itaúna e, depois, voltou a atuar como conselheiro representante da instituição de ensino. Em 2022, foi coordenador adjunto da Coordenadoria Nacional de Câmaras Especializadas de Engenharia Industrial do Sistema Confea/Crea.
Proteção à sociedade através da fiscalização de serviços
Em entrevista ao Jornal S’PASSO, Francis esclareceu que o Crea-MG é um órgão representativo da classe dos engenheiros e agrônomos que tem a função de proteger a sociedade, especialmente porque tem o poder de fiscalização. Inspecionar os serviços de engenharia, agronomia, geologia, metrologia, geociência e na educação superior dos cursos de engenharia civil e mecânica, propõe garantir o trabalho de profissionais habilitados em todas as áreas de atuação.
Cuidando do histórico dos profissionais
A Diretoria de Atendimento e Acervo do Crea-MG, da qual o professor Francis Saldanha fará parte, é o setor de atendimento aos profissionais para a execução de projetos. Nesta diretoria existe todo o histórico dos profissionais, é o currículo de atuação. O acervo vai cuidar do atendimento dos engenheiros e demais profissionais com análise das ARTs – Anotação de Responsabilidade Técnica e fazendo o seu registro do CAT – Certidão de Acervo Técnico.
Profissionais sem qualificação atuando no setor
Quando o novo diretor do Crea-MG fala da proteção do cidadão, as parcerias são muito importantes, não somente com empresas privadas, mas com setores da administração pública e também do poder legislativo. Assim, haverá mais facilidade para que o Crea fiscalize a atuação dos profissionais, a contratação desses – aqui entra a questão dos salários, hoje a média é de 8,5 salários mínimos por 40 horas semanais – e a execução de serviços prestados. “Houve um momento em que eram contratados secretários de obras sem formação em engenharia. As escolas de engenharia têm que apresentar grade curricular compatível com seus cursos. As obras de construção civil precisam ter seus profissionais qualificados responsabilizando pelos serviços. As parcerias com as prefeituras, câmaras municipais e outras entidades são muito importantes”, salienta o professor Francis.
Crea-MG conta com uma Inspetoria Regional em Itaúna
A falta de cumprimento dos requisitos para a atuação profissional e execução de serviços é passível de notificação dos órgãos responsáveis e multas. As notificações que chegam ao Crea-MG indicam que 78% das multas são provenientes de serviços executados por pessoas que não são qualificadas para o serviço, somente 22% são de profissionais do ramo.
O Crea-MG, sediado em Belo Horizonte, conta com uma inspetoria em Itaúna – são 58 em Minas Gerais –, que funciona num prédio próximo da Justiça do Trabalho, no bairro Belvedere.