Itaunenses reclamam do preço “salgado” dos produtos da cesta básica

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Pouco a pouco e em plena pandemia, como em todo o país, os itaunenses cedem ao aumento de preços de itens da cesta básica. O fato já está sendo alvo de várias reclamações junto ao Procon, que já recebeu as denúncias do preço do feijão, arroz, leite, dentre outros itens. De acordo com o Diretor do órgão, Erik Machado, o Procon Itaúna recebeu questionamentos por telefone e redes sociais sobre o preço dos gêneros alimentícios, mas inicialmente, não foi constatada abusividade por parte dos supermercados e mercearias da cidade. “Esse aumento do preço se deu em âmbito nacional, devido aos reflexos econômicos causados pela pandemia, como aumento do dólar e das exportações, afetando toda a cadeia de consumo”, afirma.

Com base nas reclamações repercutidas através das redes sociais a reportagem do Jornal S´Passo foi até um supermercado e ouviu alguns consumidores que estavam fazendo compras. Segundo o aposentado Carlos Roberto Alves, morador de Santanense, o preço do óleo de soja teve acréscimo de mais de R$ 2 em cada litro. “O arroz também saltou de R$13,99 pra absurdos R$24,99 e a carne também sofreu reajuste nos últimos meses. Se continuar assim o povo não vai aguentar”, diz descontente.

A dona de casa Maria Nazaré Rodrigues, 69 anos, afirma que antes gastava a média de R$ 300 no mercado e agora este valor aumentou drasticamente para R$500. “Minha compra aumentou R$200 no total e não comprei nada que justificasse este aumento, ou seja, paguei mais caro pelos produtos que sempre comprei. Sou aposentada e está difícil controlar as finanças. Parece que voltamos aos tempos em que tínhamos inflação. Acredito que a conta do auxilio emergencial já está sendo descontada no bolso de todos nós”, reclama.

Ainda segundo o Procon, 46 estabelecimentos de Itaúna foram notificados dentre eles, supermercados, postos de combustíveis, farmácias e drogarias e congêneres, porém, nem todos notificados, após apuração, apresentavam irregularidades. Em nota ao S’PASSO o órgão afirmou que só pode atuar quando existe um aumento excessivo da margem de lucro do estabelecimento, em proveito de uma situação de calamidade ou com intenção de lesar o consumidor. “Não temos competência legal para fazer controle ou tabelamento de preços”.

O que fazer?

Em recomendação, Érick Machado sugere que os consumidores pesquisem os preços dos produtos antes de comprarem. “É importante o consumidor optar por estabelecimentos que cubram ofertas de outros; deem oportunidades para novas e diferentes marcas de um mesmo produto, uma vez que assim como em produtos eletrônicos, o arroz, feijão e o leite, sofrem variações de preços dependendo da marca adquirida; e, por fim, devem evitar estocar produtos em casa, pois isso irá colaborar com o aumento dos preços dos mesmos”, aconselha.

O órgão ainda informou que continuará monitorando os preços dos produtos que compõe a cesta básica na cidade e, caso seja constatada qualquer abusividade, os estabelecimentos serão notificados ou multados. Os consumidores que se sentirem lesados, devem guardar as notas e cupons fiscais e entrar em contato com o órgão pelo telefone (37) 3241-2202.

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