Em reportagem do jornal ‘O Tempo’, de 21 de julho, assinada por Gabriel Rodrigues, Itaúna é destaque em mais um episódio envolvendo o chamado tratamento precoce (ou tratamento imediato) contra a Covid-19.
Intitulada “Posto bancado por empresários em Itaúna receita hidroxicloroquina contra Covid”, a matéria evidencia que o PAI – Posto de Atendimento Imediato, criado por empresários ligados ao Sindicato Intermunicipal das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e Material Elétrico de Itaúna (Sindimei), investe financeiramente em médicos favoráveis à utilização do chamado “kit covid”.
A medida contraria recomendações da Organização Mundial da Saúde, da Anvisa, do Ministério da Saúde e de outras entidades que ressaltam a ineficácia do tratamento precoce e apontam, até, o perigo de efeitos colaterais graves pelo uso de medicamentos como hidroxicloroquina, ivermectina e azitromicina, que estão na linha de frente da terapêutica.
Na reportagem, o coordenador do PAI, Jaimer Moreira, informa que a escolha dos remédios receitados pelo ambulatório é de responsabilidade do médico e que o tratamento precoce não faz parte necessariamente do seu protocolo de atendimento. Foram ouvidos pacientes do PAI que buscaram o atendimento médico gratuito e que saíram do consultório com a receita dos medicamentos citados (que fazem parte do ‘kit covid’).
Recentemente a Câmara Municipal, por iniciativa dos vereadores que defendem abertamente o tratamento precoce (ou tratamento imediato), como Antônio Miranda (PSC), Gustavo Dornas (Patriota), Kaio Guimarães (PSC), Márcia Cristina (Patriota) e Ener Batista (PSL), aprovou Moção de Aplausos ao PAI.
À época o posto de atendimento tinha pouco mais de trinta dias de funcionamento. Ele foi criado em maio e, segundo prestação de contas, já realizou 290 atendimentos.