O ex-vereador Alex Arthur, conhecido como Lequinho, usou as redes sociais para expressar sua insatisfação com o Governo e com o diretor do SAAE Nilzon Borges. Segundo ele, seu pedido de exoneração ocorreu após uma promessa de nomeação à um cargo maior do que aquele para o qual foi nomeado, o que não foi concretizada.
Em publicação feita nas redes sociais, Lequinho revelou que havia um acordo com o diretor-geral do SAAE, Nilzon Borges, para que fosse designado como “gerente administrativo 02”. No entanto, acabou sendo nomeado para uma função de menor prestígio, como “chefe de setor” de Resíduos.
Lequinho, confirmou ainda na publicação que o diretor da autarquia, teria justificado a negativa do cargo de gerente a ele, alegando falta de qualificação do ex-vereador para a função. “É estranho, porque abriram novos cargos na autarquia e mesmo assim fiquei de fora”, comentou.
Lequinho afirmou ainda que vários ex-vereadores conseguiram cargos de maior relevância na nova gestão municipal. “Não pedi secretaria, mas tínhamos uma combinação prévia”, afirmou. Sentindo-se desvalorizado, ele decidiu deixar o posto: “Preferi voltar a vender meus pastéis, porque percebi que não tenho prestígio dentro do governo, mesmo depois de ter sido eleito três vezes e presidido a Câmara”, desabafou.
Candidato a vereador nas eleições de 2024 pelo partido Republicanos, Lequinho obteve 115 votos. Declarou à Justiça Eleitoral possuir um carro avaliado em R$ 12 mil e uma casa de R$ 200 mil. Nos bastidores políticos, comenta-se que o ex-parlamentar enfrenta dificuldades pessoais. Vale destacar que o último salário bruto publicado no portal da transparecia foi de R$7.857,20, já o valor líquido recebido foi de R$5.857,20.

Nova publicação
Lequinho se mostrou indignado com o ocorrido, e relatou ainda em uma nova publicação, feita por meio de um vídeo que ficou no cargo de Chefe de Setor no SAAE por três meses porque “prometeram uma coisa e fizeram outra”. “Tem alguns políticos de Itaúna que parecem ser ou se fazem de bobo ou acham que sou otário. Não brinquem com a minha pessoa, porque eu tenho cartas na manga”, ameaçou o ex-vereador, dando a entender que tem informações que podem comprometer políticos da cidade.
A reportagem entrou em contato com a assessoria do SAAE para obter uma resposta sobre o caso, que se limitou a dizer em nota que “o cargo comissionado é de livre nomeação e de exoneração, ou seja, a pedido do nomeado ou por iniciativa do poder público. No caso, o ex-servidor pediu sua exoneração alegando motivos pessoais”, diz nota.