Mais um ano para curtir a saudade de outros carnavais

Depois de dois anos de pandemia da Covid-19 e distante dos clássicos desfiles de outras épocas, folia itaunense é hoje uma lembrança boa de tempos distantes

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Há quem diga que o carnaval de rua de Itaúna tenha começado no bairro das Graças ou na ‘Rua da Ponte’. Não existem muitos registros históricos, as poucas informações são de relatos orais e estes indicam que as primeiras manifestações do carnaval de rua tenham mesmo iniciado na Rua da Ponte com um bloco de amigos e familiares de um certo Antônio Tomás. Entretanto, nessa mesma época, pelos idos da década de 1930, no bairro de Lourdes, mais precisamente num lugar chamado de Mirante, saía um bloco carnavalesco sob a liderança do comerciante Zé Rafael. Esse senhor era conhecido nas barraquinhas da festa do Reinado, em agosto, onde vendia as famosas garapas, feitas de cana de açúcar e os churrasquinhos, de procedência duvidosa.

O carnaval de rua de Itaúna em sua origem era uma festa de bairros e os moradores do centro só tomaram parte na folia tempos depois, puxados pelo mais longevo e importante bloco carnavalesco da cidade, o ‘Farrapos da Lagoinha’, nascido sob a liderança do comerciante e político Walter Marques da Silva, o Grilo da Lagoinha, na praça Francisco Marques. Este lugar, mais conhecido como Praça da Lagoinha, onde está instalado o não menos famoso Bar do Sandoval, foi apropriado por foliões muito mais jovens e tornou-se o reduto de outro bloco tradicional, que dura até os tempos de hoje, o ‘Pau de Gaiola’. 

E o carnaval de rua de Itaúna era uma grande festa, de todas as gentes e cores, com escolas de samba e blocos que se eternizaram na memória de muitas gerações, como Unidos da Ponte, Clube dos Zulus, Pães, Castores, Demorô, Acadêmicos da Piedade, Terríveis, Pomba Rolla, Xavaca, Araruta, Bagalôs, Cuecões, Caveira, Bloco do Eu Sozinho, Dona Saudade…     

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