Eleições 2020 serão definidas por um eleitorado mais velho e de baixa escolaridade
De 26 partidos em atividade no cenário político de Itaúna apenas um é comandado por uma mulher. Trata-se do PP – Partido Progressista, ou Progressistas, segundo nova denominação. Essa discrepância com relação aos números que indicam maioria absoluta de homens na política itaunense não é diferente em grande parte dos municípios brasileiros e contraria a lei 9.504/1997, alterada em 2009. A lei eleitoral estabelece que no mínimo 30% das candidaturas devem ser femininas. Também há a obrigatoriedade, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de que os partidos direcionem 5% do Fundo Partidário para as campanhas de mulheres.
Sabe-se que quase todos os partidos políticos têm dificuldade em atender à legislação, por uma série de razões, especialmente do ponto de vista histórico-estruturais – às mulheres foi negado por séculos o direito à participação política. No caso de Itaúna, nesses 119 anos de emancipação político-partidária, nunca houve uma mulher no comando da Prefeitura e a representação do sexo feminino na Câmara Municipal veio somente a partir dos anos de 1970 (uma, por mandato, à exceção dos dois últimos). Em mais de um século foram apenas 11 as mulheres no legislativo.
As eleições 2020 em Itaúna, com um eleitorado de 69.722, reafirmam a maioria feminina, com 51,9% dos eleitores contra 48% masculino, de acordo com dados do TSE. Os candidatos a prefeito e vereadores serão votados no município por um eleitorado de faixa etária alta e de escolaridade baixa. Os dados do TSE apontam que 25,9% dos votantes possuem idade entre 45 e 59 anos; 19,8% estão na faixa de 35 a 44 anos e 19,6% entre 25 a 34 anos. Fundamental incompleto é o grau de instrução de 32,6% dos eleitores Itaunenses. As informações do TSE indicam ainda que 23,6% possuem Ensino Médio incompleto e 19,8% têm Ensino Médio completo. Somente 7,59% dos eleitores afirmam ter Ensino Superior completo. O número de analfabetos é de 1,79%.