O governo de Minas Gerais decretou, nesta terça-feira (27), situação de emergência sanitária animal em razão do risco de disseminação da gripe aviária no estado. A decisão foi tomada após a confirmação de um caso de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em aves ornamentais, criadas sem o objetivo de consumo humano, na Grande BH.
Os casos confirmados envolvem dois gansos e uma espécie de cisne negro silvestre, mantidos em um sítio na cidade de Mateus Leme, e não em uma granja comercial. Em nota, a prefeitura do município afirmou que “não há motivo para pânico e que todas as medidas necessárias estão sendo rigorosamente cumpridas”. O prefeito de Mateus Leme, Dr. Renilton, informou que o município foi notificado em 26 de maio sobre a ocorrência de três casos de gripe aviária em uma propriedade particular da cidade. Os casos foram confirmados em dois gansos e um cisne negro. Os animais foram encontrados mortos em 16 de maio e encaminhados para exame, que confirmou a presença do vírus. O prefeito tranquilizou a população, afirmando que todas as medidas sanitárias estão sendo tomadas e que não existe risco comunitário. Novas informações serão divulgadas em breve.
A confirmação em Minas Gerais ocorre após o Brasil registrar o primeiro caso de gripe aviária em uma granja comercial em Montenegro (RS) na última semana, o que levou autoridades locais e o governo federal a intensificarem medidas para impedir a disseminação entre as aves.
Em Minas, o decreto de situação de emergência sanitária animal é fundamental para que o estado possa realizar todas as ações de enfrentamento à doença, incluindo a mobilização de recursos humanos, materiais, tecnológicos e financeiros. O governo reforça que a gripe aviária não representa risco à saúde humana, pois não é transmitida pelo consumo de carne ou ovos. No entanto, o vírus pode levar à morte de aves e comprometer a produção agropecuária. Minas Gerais é o segundo maior produtor de ovos do Brasil e ocupa a quinta posição na produção de galináceos.