A comunidade do bairro Santanense denunciou novamente o mau cheiro provocado pelo esgoto despejado no Ribeirão dos Capotos. Segundo os moradores, o problema, que parecia ter sido parcialmente resolvido com obras realizadas recentemente, voltou de forma ainda mais intensa, e está causando revolta e prejuízos à qualidade de vida da população.
Os cidadãos afirmam que a obra de instalação dos emissários de esgoto, realizada nas proximidades da Avenida JK, foi mal executada e incompleta. De acordo com os relatos, pontos críticos de despejo, principalmente na cabeceira do ribeirão, nas imediações dos bairros Garcias e Aeroporto, continuam recebendo esgoto in natura.
Geralda Lobo, moradora às margens do ribeirão, manifestou sua indignação. “Ano passado, trocaram diversos emissários de esgoto nas proximidades da avenida JK, mas a obra ficou incompleta. Na cabeceira do Capotos, nas imediações dos bairros Garcias e Aeroporto, continua caindo fezes in natura no córrego”, denunciou.
Ela ainda destacou o impacto direto na vida dos moradores. “E o mau cheiro insuportável voltou, fora essa quantidade de sujeira boiando ribeirão abaixo. Essa situação é uma questão de saúde pública, além de ser um problema ambiental. Não podemos continuar vivendo desse jeito”, reclamou.
O marido de Geralda, Nando Lobo, relata que a situação está insustentável dentro de casa. “Queremos solução para o problema, pois não é possível conviver mais com isso. Estamos todos muito prejudicados”, afirma.
Mesmo com denúncias feitas por moradores nas redes sociais, o Serviço Autônomo de Água e Esgoto permanece em silêncio, sem emitir qualquer posicionamento oficial. Na Câmara de Vereadores, tampouco há registros de cobranças em relação ao despejo de dejetos nos ribeirões da cidade ou em busca por uma solução definitiva para um problema que se arrasta há mais de 30 anos.
Para engrossar o coro dos moradores de Santanense, as comunidades da zona rural do Barreiro e do bairro São Bento também denunciaram que está sendo despejado esgoto noribeirão. Segundo os denunciantes, o SAAE esteve no local, mas não constatou o vazamento.
“Eles sequer se prestaram a acionar qualquer morador. O esgoto estava sendo despejado mais acima do ponto avaliado. E eles alegaram, por meio de resposta à ouvidoria, que não havia sido identificado qualquer problema e que a água estava límpida e transparente. Essa falta de zelo causa muita revolta, pois não somos mentirosos”, desabafou um morador da região.
