O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) pediu à Justiça que os responsáveis pelo rompimento da barragem de rejeitos da Herculano Mineração, em Itabirito, sejam levados a júri popular para responderem pelo crime de homicídio qualificado, além de crimes ambientais. O rompimento da barragem, ocorrido em setembro de 2014, matou três pessoas e causou graves danos ao meio ambiente.
O pedido, feito à 1ª Vara da Comarca de Itabirito, foi assinado por promotores de Justiça de Itabirito e dos Centros de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça Criminais (Caocrim) e de Defesa do Meio Ambiente (Caoma). O documento requer que os proprietários da empresa, bem como auditores e funcionários responsáveis pela barragem de rejeitos, sejam levados a júri popular. Os promotores de Justiça entenderam que, após a tramitação do processo, há elementos de prova suficientes para que os denunciados sejam julgados pelo Tribunal do Júri.
No dia 10 de setembro, ocorreu o rompimento da chamada Barragem B1. Segundo o MPMG, o fato decorreu de irregularidades na gestão ambiental da Herculano e da disposição ilegal de rejeitos em local que deveria estar desativado. Com essa ruptura, toneladas de rejeitos foram carreados, o que gerou o rompimento da Barragem B2 e o galgamento da Barragem B3, chegando a atingir o Ribeirão do Silva, resultando, segundo a instituição, em imenso dano ambiental e na morte de três trabalhadores.
Em fevereiro deste ano, moradores da cidade de Serro, nordeste de Minas Gerais, se organizaram para impedir a realização de atividades da empresa na cidade.