Na passagem por Itaúna, na semana após o Natal, o jogador itaunense John Kennedy jogou futebol no Estádio José Flávio de Carvalho, visitou parentes e amigos e foi recebido por um grupo de crianças e dirigentes do Tropical Tênis Clube, além de conceder entrevista à imprensa de Itaúna e da região. Por onde passou foi aplaudido por adultos e crianças e, no Tropical, onde jogou antes de tornar-se profissional, a meninada gritou: “Vem pro Galo, John!” e ele, que é jogador do Fluminense e que tem sido cotado para atuar em times internacionais, apenas sorria.
E falando em possibilidades de atuar em times profissionais, o Fluminense recusou essa semana uma proposta de vender o atacante itaunense, chamado de herói da Commebol Libertadores, por R$ 53 milhões ao Lyon, de John Textor, da França.
Diante da recusa, John Kennedy deve permanecer junto com o tricolor nas Laranjeiras por mais algum tempo.
O Lyon é administrado pelo empresário John Textor, que também é dono da SAF do Botafogo, e fez proposta de 10 milhões de euros (cerca de R$ 53 milhões) por John Kennedy. A possibilidade do “sim” sequer foi discutida internamente. O veto teve dois nomes principais: Mário Bittencourt, presidente do Fluminense, que desde o início foi contrário a negociar John Kennedy, e o técnico Fernando Diniz, que vê o atacante como uma das peças fundamentais para o Tricolor em 2024. Em outubro de 2023, o Fluminense anunciou a renovação de contrato com John Kennedy. O vínculo entre o clube e o atacante foi ampliado recentemente e, agora, é até 2026.
Alimentos para entidades e famílias assistidas
O jogo em Itaúna, que contou com a presença do astro do Fluminense, foi uma disputa entre amigos e o resultado foi um empate de 5 x 5. Além de levar 2 mil pessoas ao Estádio José Flávio de Carvalho, a partida proporcionou a arrecadação de três toneladas de alimentos que serão destinadas a entidades assistenciais e famílias cadastradas na Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social.
“Itaúna o recebe como mãe”
Antes do jogo John Kennedy concedeu entrevista à imprensa, realizada na discoteca do Tropical Tênis Clube. Ele estava acompanhado de sua assessoria, do secretário municipal de Esportes e Lazer, Nélson Júnior, da vice-prefeita Gláucia Santiago (PL), do representante da diretoria do Tropical, Daniel Mânio, além dos jornalistas Hermano Martins e Bárbara Cabanellas, da Gerência de Comunicação da Prefeitura. Gláucia Santiago disse que estava ali como mãe, e é assim que Itaúna recebia o jogador famoso, “como mãe”, desejando-lhe que ele continue agarrando com muita força “a oportunidade que Deus lhe concedeu. E que continue jogando muito e que seja mais do que o Neymar é no futebol brasileiro”.
Motivo de orgulho para Itaúna e exemplo para as crianças
O secretário Nélson Júnior pontuou que o jogo e até mesmo o local, o estádio José Flávio de Carvalho, foram decididos por John como forma de homenagear a cidade. O titular da pasta de esportes lembrou do jogador quando começou, ainda criança, e que hoje, motivo de orgulho para Itaúna, tem sido exemplo para outros pequenos para a valorização do esporte em suas vidas.
“Não foi em vão tudo que passei”
O Jornal S’PASSO perguntou-lhe qual era o sentimento que tomava conta dele no momento em que retornava à sua cidade natal e ao Tropical Tênis Clube, onde jogou antes tornar-se atleta profissional, sendo recebido com aplausos como um grande nome do futebol brasileiro. O jogador respondeu que o sentimento é de gratidão, de muita felicidade. “Vejo que não foi em vão tudo que passei e hoje estar conquistando tantas coisas. E voltar à minha cidade, sendo recebido da forma que estou sendo é muita alegria e gratidão”.
Ser espelho para as crianças
O jogador afirmou que desde novo foi muito convicto daquilo que queria seguir, ser um jogador e fazer a diferença. “No fundo, no fundo eu sabia que seria um jogador com grande espaço no cenário brasileiro e espero conquistar mais. E que cada vez possa espelhar essas crianças para, também, buscarem seus sonhos”. Para elas, ele dá um recado. “Todo esforço vale a pena, todo esforço tem sua recompensa; falo isso porque passei por isso (as escolinhas de futebol). Na minha adolescência às vezes queria sair, mas não podia divertir e não podia. Hoje, vejo que valeu a pena, tudo foi recompensado. E vendo essas crianças chegando, pedindo para tirar foto, pedindo autógrafo, isso me mantém vivo no futebol, me mantém aceso, além da paixão óbvia. Só tenho a dizer que continuem se esforçando pois, o esforço será recompensado”.
Bil, seu primo, “o melhor jogador amador de Itaúna”
Perguntado qual o melhor jogador itaunense, que ele viu jogar ou que com que ele compartilhou o mesmo gramado, John Kennedy acentuou que iria “dar uma moral” para o seu primo Bil. “Quem o viu jogar sabe do que estou falando, joga muita bola… e ele é da minha família, tenho que dar moral pra ele”.