Depois da divulgação da Secretária de Desenvolvimento Social, Alessandra Nogueira, de que a prefeitura está trabalhando no lançamento de loteamentos para habitação popular no Santa Edwiges e na comunidade rural de Campos, esta semana o prefeito Neider Moreira (PSD) confirmou que as casas populares no bairro estão dependendo da liberação da Companhia de Habitação do Estado de Minas Gerais (Cohab).
Neider destacou que foi montada uma comissão para elaborar os processos de cadastramento e seleção dos interessados nos imóveis e que os critérios serão apresentados para o Conselho Municipal de Habitação e realizados encaminhamentos necessários para que seja feito o cadastramento das pessoas.
Longa espera
Em 2019, a Cohab-MG anunciou a construção de 80 apartamentos, subdivididos em cinco blocos, em imóvel do município, em frente à creche que está sendo edificada no bairro. O valor estimado para o empreendimento era de R$ 7.344.458,67 milhões. O projeto anunciado contava com subsídios do programa “Minha Casa, Minha Vida”, que contemplava beneficiários com renda familiar a partir de R$ 1.500. Esta é apenas a primeira etapa, de um total de três, de um projeto habitacional em Itaúna, iniciado em 2017 e que prevê a construção de 208 novas residências no município. Naquela época várias pessoas se inscreveram para o projeto dos apartamentos, mas veio a pandemia e a construção dos apartamentos do Santa Edwiges não foi viabilizada.
“Governo feijãozinho com arroz, sem atuação social”
O prefeito Neider explicou que a licitação foi feita e todas as exigências foram cumpridas, inclusive a extensão de energia elétrica no imóvel. “A questão é a Cohab e o governo do Estado. O Zema está fazendo um governo feijãozinho com arroz sem nenhuma atuação social”, criticou.
BDMG promete recursos
Essa fala do prefeito Neider vem num momento em que o novo presidente do BDMG, Marcelo Bomfim, anuncia uma linha de crédito de R$ 200 milhões, para construção de moradias populares em cidades afetadas pelas chuvas. Denominada “BDMG Habitação Municípios”, a nova linha insere-se no plano ‘Recupera Minas, do Governo do Estado’. O objetivo é oferecer crédito para que o poder público de cidades que decretaram situação de emergência ou calamidade pública, como é o caso de Itaúna, possa construir moradias em terrenos próprios e doá-las às famílias que perderam suas casas em função das chuvas.
