Nova variante da Covid-19 e falta de vacina para crianças e professores adiam início do ano letivo

Em Itaúna, secretário de Educação afirma que expectativa era que as aulas presenciais começassem dia 7, mas foram adiadas para 14 de fevereiro

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A retomada das aulas em Itaúna, prevista para a primeira semana de fevereiro, traz grandes expectativas para alunos, pais e professores, sobretudo porque, diferente de 2021 nesse mesmo período, é grande a possibilidade de acontecer de forma presencial. No entanto, fatos novos com relação à pandemia da Covid-19, com a chegada de novas variantes da doença e a falta de vacina para crianças, podem retardar o processo e conduzir as aulas ao formato remoto outra vez.

O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais, Sind-UTE, esteve reunido com as secretárias estaduais de Planejamento e Gestão, Luísa Barreto e de Educação, Júlia Sant’Anna, para tratar da pauta de reivindicações encaminhadas e, entre essas demandas está a cobrança de protocolos sanitários rigorosos nas Superintendências Regionais de Ensino, Órgão Central e unidades escolares para o início do ano letivo. O Sind-UTE diz que é preciso que as decisões do governo dialoguem com os dados científicos e a realidade no estado, após essa nova onda de contaminações e internações por Covid-19 com a variante Ômicron.

Contaminações de profissionais

A professora e membro do Sind-UTE em Itaúna, Sônia Maria Fonseca, informou ao Jornal S’PASSO que as atividades do ano escolar estão previstas para começar dia primeiro de fevereiro, mas que poderá haver adiamento. “Não houve orientação ainda e a maioria dos profissionais da educação não tomou até então a dose de reforço da vacina. Há casos de contaminação em várias superintendências e escolas do estado, inclusive em Itaúna, na escola Bairro São Geraldo”, contou.

A professora Maria das Graças, presidente do Sind-UTE Itaúna, informou que a categoria esteve em assembleia na semana passada e reiterou a preocupação dos profissionais com relação aos novos casos de contaminações. “No entanto, o início do ano letivo vai acontecer na próxima semana, com a adoção de medidas que reforcem ainda mais a segurança dos profissionais e dos alunos”, diz.

Todos atentos fatos novos

Na rede municipal a expectativa era da volta das aulas presenciais no dia 7 de fevereiro, de acordo com calendário já aprovado. No dia dois, os profissionais dariam início às atividades em reuniões nas escolas, inaugurando o chamado ano escolar. No entanto, como já havia aventada a possibilidade pelo secretário de Educação Weslei Lopes, houve uma mudança nos planos e as aulas serão iniciadas no dia 14 de fevereiro, em razão dos altos índices de contaminação na cidade. A SEMED e outros órgãos do poder público estão atentos à questão epidemiológica e, em caso de alguma nova alteração, haverá outras mudanças de planos e informações prévias à comunidade.

Segundo o SindUte, ainda não houve vacina para todas as crianças e a variante Ômicron é um fato novo que tem colocado em alerta a população e as autoridades em geral. “Professores e demais profissionais da educação estão temerosos quanto ao retorno das aulas presenciais em decorrência do aumento de contaminações, das internações no Hospital Manoel Gonçalves”, posicionou a entidade.

Na quinta-feira, 27, a Undime, União dos Dirigentes Municipais de Educação de Minas Gerais, reuniu-se em Belo Horizonte para tratar do retorno presencial do ano letivo. A decisão do órgão é seguir a orientação inicial do cumprimento do calendário nos municípios, com a definição de que haja 200 dias letivos de maneira presencial, uma vez que não existe mais respaldo legal para o ensino remoto. As deliberações baseiam-se na Lei Estadual 14.040 de 14 de agosto de 2020, que tratou do ensino remoto, com vigência encerrada no dia 31 de dezembro passado. E de acordo com o Comitê de Saúde Estadual, Minas Gerais não tem nenhuma restrição sanitária no momento.

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