Na edição passada o Jornal S’PASSO divulgou informações do Ministério da Saúde que mostram que houve 585 óbitos no Brasil provenientes da Dengue neste primeiro semestre de 2022. Os números recentes representam um aumento de 138% em relação a 2021, pois durante todo ano foram 246 mortes. A região Sudeste é a terceira com mais casos a cada 100.000 habitantes. O SUS prevê que o combate ao Aedes aegypti, transmissor da Dengue, Zika e Chikungunya, é de responsabilidade dos municípios.
No início dessa semana a Secretaria Municipal de Saúde divulgou os resultados do terceiro Levantamento Rápido do Índice para o Aedes aegypti (LIRAa) do ano em Itaúna com notícias animadoras quanto à situação da Dengue na cidade. Dados do Setor de Vigilância Ambiental revelaram resultado de 0,8%, considerado de ‘baixo risco’ pelo Ministério da Saúde. A pesquisa foi realizada entre os dias 4 a 8 de julho, tendo sido vistoriados 1.959 imóveis e coletados 25 tubitos de material para análise. As maiores quantidades de focos foram encontradas nos bairros Morro do Sol, Parque Jardim, Graças, Irmãos Auler, São Judas Tadeu, Veredas, Centro, Lourdes, Nogueira Machado, Cidade Nova, Piedade e Residencial Santanense.
Os recipientes com maior incidência de larvas foram plantas aquáticas, bebedouros de animais, vasos de plantas, baldes, reservatórios de geladeiras, tanques, bombonas, latas etc. Mais de 90% dos focos encontrados estavam dentro das residências. Baixas temperaturas e ausência de chuvas foram fatores que favoreceram o resultado do LIRAa. Os técnicos do setor de Vigilância Ambiental ressaltam que mesmo no período de seca e frio é necessário que a população colabore e faça sua parte, reservando 10 minutos semanais para vistorias nas residências, eliminando qualquer possibilidade de água parada. Assim, no período de chuvas, não haverá criadouros e o desenvolvimento do mosquito transmissor da Dengue, Zika e Chikungunya.
O secretário municipal de Saúde Fernando Meira de Faria pontuou que a situação de Itaúna verificada nesse LIRAa é bem mais tranquila que a dos dois primeiros levantamentos do ano, em janeiro e abril, quando foram registrados índices de 4,3% e 4%, respectivamente. “A queda dos números é resultado do trabalho ostensivo dos agentes de saúde, juntamente com a conscientização da comunidade. Mas não podemos relaxar, independente da época do ano. Renovamos o apelo para que a situação continue tranquila e assim não registrarmos casos ou mortes em decorrência destas doenças. Juntos, somos mais fortes que este mosquito”, ressalta.