Obras de alargamento do canal da Prainha poderão ser iniciadas e não terminarem com o próximo prefeito

Problemas das inundações são debatidos na Câmara por técnicos da área, empresários da Projeta e vereadores e soluções ainda estão distantes

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A Câmara Municipal recebeu na tarde de terça-feira (14) o secretário de Infraestrutura e Serviços Rosse Andrade Silva; o secretário-adjunto de Regulação Urbana, Daniel Magalhães Pereira;, o gerente superior de Arquitetura e Projetos, Neurivan Gonçalves de Aguilar; o engenheiro Gláucio Martins; Fábio Túlio e Moacir Herculano, da Defesa Civil; e representantes da empresa Projeta Engenharia – responsável pelo projeto de recuperação do canal da Prainha, para debaterem com os vereadores a questão das inundações na Avenida Jove Soares. A proposta era, de acordo com a solicitação de alguns vereadores, estender o tema também para outros gargalos no município em decorrência da chuva, como a Nova Vila Mozart, Avenida Manoel da Custódia e Bairro irmãos Auler, mas se limitou aos problemas da Prainha. 

O problema das inundações na Jove Soares existe, é grave e é antigo. E para explicar o que ocorre, várias questões foram pontuadas pelos técnicos da prefeitura e corroboradas pelos engenheiros da Projeta, Lucas Lacerda, Thiago Bittencourt, Carlos Eloi e Caroline Rodart. Segundo eles, as chuvas estão mais intensas e ocorrem em volumes nunca vistos e em período mais curto, e novos loteamentos na parte mais alta da cidade, além da pavimentação asfáltica nas ruas, contribui para potencializar as inundações. Os técnicos afirmaram ainda que o custo da obra de alargamento do canal e de recuperação da bacia do Córrego do Sumidouro é de cerca de R$ 80 milhões e a obra demanda muito tempo e vai causar muitos problemas para moradores, comerciantes e quem circula diariamente por esta que é uma das mais importantes vias da cidade.

O engenheiro da Prefeitura, Gláucio Martins repetiu o que falou ao Jornal S’PASSO na semana passada: que a obra é cara e complexa e que talvez o próximo prefeito não consiga terminá-la. A solução de imediato é a ampliação do canal por onde escorre o Córrego do Sumidouro, na parte da Avenida Jove Soares, entre a rua Manoel Corrêa e avenida Miguel Augusto Gonçalves, próximo da linha férrea, com o desaguamento no Rio São João. Esta seria a primeira etapa da obra, que segundo os engenheiros da Projeta, custaria em torno de R$ 12 milhões.

Em sua explanação, o secretário Rosse Andrade afirmou que não adianta serviço paliativo e, perguntado por um vereador se existe um “plano B” para resolver o problema das inundações e dar uma resposta aos que estão mais diretamente ligados à prainha, Rosse foi enfático: Não.

Também o gerente de Arquitetura e Projetos, Neurivan Aguilar, ressaltou que “o problema é estrutural e não adianta querer resolver a curto prazo”.

Aporte financeiro dos governos federal e estadual

Ainda assim, mesmo com os empecilhos elencados, especialmente pela falta de recursos financeiros, para que se comece algum serviço imediatamente, os vereadores prometeram conseguir dinheiro junto aos políticos de suas bases, deputados federais e estaduais, para que se realize, pelo menos, a primeira etapa da obra e dê um pouco de tranquilidade aos comerciantes e moradores da Prainha.