Atualizada em 06.01.2023
Antes de completar 24 horas da posse do novo governo de Luís Inácio Lula da Silva, donos de postos de combustíveis em Itaúna aumentam o preço do litro dos combustíveis em até R$ 1,00 .
As alíquotas da contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins incidentes sobre os combustíveis estiveram zeradas até 31 de dezembro de 2022 o que reduziu substancialmente o preço dos combustíveis gasolina, Diesel e Álcool anidro. A medida foi tomada como forma de conter os avanços dos preços dos combustíveis que assolavam a população brasileira.
Ainda no processo de transição, a equipe econômica do novo governo comandada pelo novo Ministro da Fazenda Fernando Haddad que defende a suspensão da medida, já discutia a retomada da cobrança dos impostos e inclusive já havia se reunido com o ex-ministro da Fazenda Paulo Guedes solicitando que a não cobrança dos tributos não fosse prorrogada.
A posição levou a um desgaste prematuro de Lula perante a sociedade que já questionava a intenção, a cúpula do PT entendeu que não seria benéfico para o novo governo adotar a medida já no início do mandato.
O risco do descontentamento popular levou o Presidente empossado nesse domingo dia 1 de janeiro a postergar a suspensão do cancelamento optando por prorrogá-lo por um período que poderá variar entre 60 e 90 dias.
Mas não é isto que os consumidores de Itaúna encontraram em grande parte dos postos de combustíveis da cidade, os letreiros de preço apresentam o valor majorado e já repercute nas redes sociais da cidade, o mesmo pode ser constatado na cidade de Pará de Minas.
Onde antes se encontrava o litro da gasolina a R$ 4,87 hoje as bombas cobram preços que variam de R$ 5,89 a R$ 5,95.
Apesar de não haver um controle de preços do mercado de combustíveis, valendo a lei da oferta e da procura, os consumidores entendem que não se justifica o aumento já que a suspensão da cobrança dos tributos não foi adotada pelo novo governo.
Irregularidades punidas com rigor
O Jornal S`Passo entrou em contato com o Procon para saber se os postos de combustíveis estariam cumprindo as notificações. De acordo com o órgão, as fiscalizações vêm sendo feitas rotineiramente com base nas denúncias apresentadas. No último episódio por exemplo, chegaram ao Procon mais de 20 denúncias com relação ao preço abusivo e outras diversas por meio das redes sociais.
De acordo com a chefe de setor do Procon, Maria Clara Coutinho, quando as fiscalizações começaram no início da semana o maior preço de gasolina comum estava oscilando em R$5,27, e o menor em R$4,99. Nesta sexta-feira, o maior preço apresentado foi de R$4,85 e o menor de R$4,79.
“Os postos de combustíveis modificaram as tabelas no ato da fiscalização, agora estão encaminhando as planilhas de preço do fornecedor que serão avaliadas por nós. Caso sejam encontradas irregularidades no aumento, o fato será encaminhado à procuradoria do município, que pode formalizar a denúncia junto ao Ministério Público”, confirma.