O dia 7 de abril marca o 180º aniversário da Paróquia de Sant’Ana, em Itaúna. Em registros da história local, sobretudo escritos dos historiadores João Dornas Filho e Guaracy de Castro Nogueira, a igreja em homenagem à Sant’Ana foi construída no alto do Rosário, no local onde hoje está a Capela do Rosário. Ali, os portugueses Gabriel da Silva Pereira, Tomas Teixeira e Manoel Neto de Melo, fundadores do Arraial de Sant’Ana, ergueram um oratório em homenagem à Santa, em 1739. “Em 1750, Dom Frei Manoel da Cruz, bispo de Mariana, concedeu licença para construir uma Capela da Senhora Sant’Ana, no mesmo lugar onde se achava o oratório. Essa Capela foi inaugurada em 1756”, escreveu Nogueira.
Outros historiadores, vieram complementar a história de nossa paróquia, como o professor Luiz Mascarenhas. Ele escreveu que ao tempo do crescimento do arraial o então Curato foi elevado à Paróquia. Criava-se assim, pela Resolução Estadual nº 209, assinada pelo presidente da província (cargo hoje de Governador) marechal Sebastião Barreto Pinto, a Paróquia de Sant’Ana (com um território que abrangia toda a cidade de Itaúna, bem como Carmo do Cajuru, Serra Azul e Itatiaiuçu). Itaúna, como município surgiria apenas 60 anos depois. “Uma vez criada a Paróquia de Sant’Ana, a antiga Capela de 1765 passou a funcionar como sua Igreja Matriz. Lá está a sua pia batismal a nos testificar isto (só as Matrizes possuíam uma…). E assim permaneceu até o ano de 1853, quando ocorreu a já conhecida troca de capelas – Rosário dos Negros subiu para o monte e a Matriz de Sant’Ana foi para o meio do arraial”, ressalta o professor Mascarenhas.
As atividades comemorativas do jubileu de 180 anos da Paróquia de Sant’Ana serão restritas a um pequeno público, devido à pandemia da Covid-19, assim como foi a recente Semana Santa. A Paróquia está disponibilizando link para que as pessoas possam acompanhar a Missa, que será celebrada pelo bispo Dom José Carlos, hoje às 18h30.