Parque Sindimei foi “um presente” que o Sindicato das Indústrias Metalúrgicas deu para o município

Entidade patronal explica como foi a construção do espaço de lazer e esportivo e afirma que a Prefeitura não cuidou de sua manutenção

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A direção do Sindicato Intermunicipal das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e do Material Elétrico de Itaúna – Sindimei convidou a reportagem do Jornal S’PASSO e, também, a vereadora Edênia Alcântara (PV), para um encontro em sua sede, na manhã de segunda-feira, para prestar esclarecimentos sobre o Parque Sindimei, que se encontra abandonado. Na última edição, o Jornal noticiou que apenas escombros, mato e sujeira foram o que restou do Parque Sindimei, localizado no alto da Rua Aurélio Campos, antiga Rua do Buracão, no Bairro Piedade. Essas denúncias também foram feitas pela vereadora do PV em suas redes sociais, com imagens e vídeos.

Na reunião, o Sindimei estava representado pelo gerente executivo, Erivelton Santos; pelo assessor jurídico, Tiago Antunes; e pela coordenadora pedagógica, Angelita Torres. As informações passadas, principalmente pelo gerente Erivelton, esclarecem que o Parque foi construído por empresas ligadas ao Sindicato através da utilização de recursos provenientes de multas com órgãos ambientais.

Em 2011, foi feito um Termo de Ajuste de Conduta junto ao Ministério Público e o dinheiro foi destinado para a construção do Parque Socioambiental Sindimei Afonso de Cerqueira Lima. A construção foi avaliada em R$ 1.458.044,00, sendo que R$ 695.838,00 são resultantes do TAC e R$ 702.610,00 pagos pelo Sindimei. Nesse ano de 2011 o Parque foi concluído e somente em 26 de março de 2012 entregue à Prefeitura, como um presente para a cidade. Ainda assim, de 2011 até 2015 o sindicato patronal custeou os gastos com a vigilância do parque e o Sindimei somente deixou de fazê-lo por causa de crise econômica no setor da indústria.

 A Prefeitura é quem seria a responsável pela manutenção do Parque Socioambiental como uma instituição de lazer e esportes do município. Não o fez ao longo dos anos e hoje a situação é de abandono, com o local sendo transformado em depósito de lixo, abrigo para usuários de droga e ameaças aos moradores do entorno. A construção foi quase que completamente destruída pela ação do tempo e por furto de materiais. Atualmente somente os escombros do prédio mostram que ali funcionou o Parque Sindimei.

PARQUE DO SINDMEI ANTES

Cobrar dos pré-candidatos a prefeito e acionar o MP

Hoje, a solução para a recuperação do Parque Socioambiental Sindimei Afonso de Cerqueira Lima, deve ser pautada com os pré-candidatos a prefeito, a fim de estabelecer um compromisso deles – para o próximo governo municipal – com as comunidades envolvidas, como Piedade, Novo Horizonte e Vila Nazaré. Para a vereadora Edênia Alcântara é necessário que a comunidade acione novamente o Ministério Público e cobre responsabilidade do poder público.

Vereador quis implantar programa de equoterapia

O vereador Gleison Fernandes (PR) encaminhou à redação do Jornal S’PASSO uma indicação que ele fez em maio de 2023 solicitando que o poder público realizasse parcerias com a iniciativa privada a fim de implantar um programa de equoterapia no Parque Socioambiental Sindimei.

Há mais de um ano, o vereador escreveu em sua justificativa que o espaço “que deveria trazer melhorias e qualidade de vida para a população, é visto como um símbolo de descaso e que é fundamental que a Administração assuma a responsabilidade pelos cuidados do local, através de parcerias com empresas ou entidades, sendo que, a implementação do programa de equoterapia também será importante para o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com deficiências e/ou necessidades especiais do nosso município”.

PARQUE DO SINDMEI DEPOIS