Neste domingo, 18, Itaúna será palco da primeira Passeata Maio Laranja, uma mobilização inédita na cidade em defesa dos direitos das crianças e adolescentes. A concentração está marcada para às 8h, na Praça Padre João Ferreira, conhecida como Pracinha da Radioclínica. Às 9h, os participantes seguem em caminhada até o Parque Ecológico Cordovil Fonseca, onde ocorrerão atividades lúdicas, brinquedos e ações de conscientização voltadas para toda a família.
A iniciativa busca dar visibilidade à campanha Maio Laranja, que marca, em todo o país, o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, celebrado em 18 de maio. A data é um convite à sociedade para se unir na proteção da infância e juventude, alertando sobre a necessidade de prevenção, denúncia e responsabilização dos agressores.
Origem da data: um grito por justiça
O Maio Laranja surgiu em memória de Araceli Cabrera Crespo, uma menina capixaba de nove anos brutalmente assassinada em 1973. Araceli foi sequestrada, espancada, estuprada e morta. Seu corpo só foi encontrado seis dias depois, desfigurado com ácido, nos fundos de um hospital infantil em Vitória (ES). O crime chocou o país pela violência e pela impunidade: os acusados nunca foram punidos, e o caso acabou prescrevendo.
A repercussão do crime motivou a criação de um movimento nacional em defesa dos direitos das crianças e adolescentes, que culminou com a aprovação da Lei Federal nº 9.970/2000, instituindo oficialmente o 18 de maio como o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.
Conscientização e combate
A violência sexual infantojuvenil pode assumir diferentes formas. O abuso sexual ocorre quando crianças ou adolescentes são utilizados para fins sexuais por adultos, geralmente em situações de confiança ou dependência. Já a exploração sexual envolve algum tipo de pagamento, troca de favores, presentes ou benefícios em troca de atos sexuais, configurando uma relação de comercialização.
A orientação é clara: em caso de suspeita, denuncie. As denúncias podem ser feitas de forma anônima por meio do Disque 100 (Direitos Humanos) ou pelo 180 (Central de Atendimento à Mulher).