Com as férias de verão, aliviar o calor é parte do lazer. As piscinas das praças de esportes e dos clubes particulares estão na pauta de diversão, principalmente das crianças e adolescentes, assim como os riscos de afogamento. Por isso, é necessário checar se o local onde você vai nadar possui um profissional que garanta a segurança dos banhistas e, quando for piscina, se certificar que ela é segura.
Uma das causas de mortes por afogamento, principalmente em piscinas antigas, é a sucção dos ralos e coadeiras. Os banhistas devem ficar distante dos ralos para evitar que sejam sugados ou que fiquem presos no fundo.
Segundo a Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático, a cada 92 minutos morre uma pessoa afogada no Brasil, sendo que as piscinas foram responsáveis por 2% de todos os casos de morte, mas representam 53% de todos os casos com crianças entre um e nove anos.
Ainda segundo a Sobrasa, no Brasil existem aproximadamente dois milhões de piscinas, a maioria construída da forma antiga, com apenas um ralo de fundo, o que aumenta a chance de acidentes. A maioria das Praças de Esportes do Município tem piscina com apenas um ralo de fundo.
Outro ponto importante que deve ser observado é se o ralo está sem grade, ou se ela está quebrada ou mal fixada. Não apenas o cabelo, mas o corpo pode ser sugado e, mesmo que a pessoa esteja com a cabeça fora d’água, a sucção do corpo pode causar hematomas e coágulos graves.
Afogamento
Além de se certificar que local tenha um profissional, seja ele salva vidas, brigadista ou guardião, é necessário também se certificar se a bomba está ligada e não ingerir grande quantidade de bebida alcóolica e alimentos, quando estiver nadando.
No final do ano passado, um caso e afogamento chocou Itaúna. Terezinha Alves Pereira, de 43 anos, que tinha deficiência intelectual e era assistida pela Apae há mais de 20 anos, morreu em decorrência de uma congestão, enquanto nadava na piscina na Praça de Esportes do Bairro Garcias. Segundo o Samu, quando a equipe da Unidade de Suporte Básico (USB) chegou ao local da ocorrência, a vítima estava inconsciente e em parada cardiorrespiratória.
Após o acidente, em outubro de 2019, foi aprovado na Câmara projeto de lei, de autoria da vereadora Márcia Cristina que determina a presença de um salva vidas qualificado nas áreas com piscinas, seja clubes públicos ou particulares dentro do município.
Ainda segundo a lei, o salva vidas deve ser maior de dezoito anos e ter curso ou treinamento específico para o desempenho da função. O não cumprimento da lei acarretará as praças de esportes e clubes particulares, advertência, multa, suspensão do alvará de funcionamento por 30 dias e, em casos mais graves, a cassação do alvará de funcionamento.
O Jornal S’PASSO entrou em contato com todos os clubes e praças de Esportes da cidade e, de acordo com as diretorias dos mesmos, todas as áreas com piscinas possuem os profissionais qualificados para garantir a segurança dos banhistas. A assessoria de comunicação de prefeitura afirmou também que a fiscalização dos clubes públicos ficou sob a responsabilidade da prefeitura e que todos os meses, o secretário de Esportes faz vistorias para certificar se os clubes estão cumprindo a lei municipal.