Criação da Guarda Municipal, da Secretaria de Cultura, de escolas militares e adoção de ideias da “escola sem partido”, estão entre as propostas dos candidatos a prefeito
Foi-se o tempo dos comícios eleitorais, dos palanques improvisados, muitas vezes em riba de caminhões daquele cabo eleitoral, e potencial ‘Aspone’, dos microfones roucos e dos alto falantes de cornetas engasgadas. Ali, os candidatos se dirigiam à plateia, muitas vezes em multidões, e lançavam sua plataforma com o clássico “Eu prometo!…”. A fala e as promessas eram construídas da melhor maneira para atender ao público presente e se modificavam, inevitavelmente, aqui e acolá.
Saúde, educação, segurança, habitação, desenvolvimento econômico, infraestrutura, cultura, esporte, lazer e entretenimento são temas dos candidatos na campanha eleitoral deste ano. Não somente desta, mas em todas as corridas eleitorais. Um pouco mais evidente, um pouco menos, as iniciativas estão presentes nos planos de governo de cinco dos seis candidatos a prefeito de Itaúna, registrados na Justiça Eleitoral, no dia 26 e disponível na internet. A chapa de Márcio Gonçalves, com sua vice, a professora Marlete Gonçalves Coelho, não apresentou plano de governo na página do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Algumas propostas de gestão dos candidatos sugerem a continuidade de obras e serviços da atual administração, outras são inovadoras, como a criação na saúde de uma Unidade de Pronto Atendimento – UPA e do Serviço de Assistência Domiciliar (SAD) e, até, instalação de um Pronto Socorro 24 horas no Ambulatório Dr. Ovídio Nogueira Machado. Quase todos os candidatos querem a formação da Guarda Municipal para atender melhor as questões de segurança pública. Também é inusitada a sugestão do “fim da classe política” e o mandato coletivo do prefeito com representantes do partido, inclusive os vereadores eleitos pela sigla atuando com sugestões na administração municipal, diferente dos que propõem Orçamento Participativo a partir de 2021.
Um dos programas de governo se compromete com a substituição da atual gerência superior de Cultura pela Secretaria Municipal de Cultura. Outro, propõe que as escolas ensinem a linguagem brasileira de sinais (Libras) desde os primeiros anos do ensino fundamental até o ensino médio e amplie projetos de inclusão da pessoa com deficiência.
A maior novidade vem com um dos programas de governo para a área da educação que intenta a formação de escolas militares e o aproveitamento “da maioria” das doutrinas contidas na “Escola Sem Partido”, presentes nos planos do governo do presidente Jair Bolsonaro.