A poetisa e escritora mineira, de Divinópolis, Adélia Prado foi agraciada essa semana com o Prêmio Machado de Assis 2024, a mais importante honraria da Academia Brasileira de Letras e uma das mais tradicionais do país. A premiação, que inclui a concessão de R$ 100 mil, vem reconhecer a obra de escritores que se destacam pela excelência e relevância de suas contribuições à literatura nacional.
No caso de Adélia Prado, a distinção reconhece a produção literária da escritora mineira, com grande ligação com Itaúna, desde 1976, quando lançou seu primeiro livro “Bagagem”, aclamado pelo poeta maior Carlos Drummond de Andrade. O prêmio dado pela ABL celebra os mais de 20 livros publicados por Prado, que abordam, em prosa, verso e antologia, temáticas relacionadas a sexo, religião e morte. O prêmio Machado de Assis é entregue desde 1941. Em 2023, a vencedora foi Marina Colasanti, e, depois de 20 anos sem mulheres premiadas, a ABL celebra escritoras por dois anos seguidos.
Esta não é a primeira vez em que a autora recebe uma premiação pelo conjunto de sua obra. Em 2016, ela se tornou a primeira mulher a vencer nesta categoria no Prêmio Governo de Minas Gerais de Literatura.
Quem é Adélia Prado?
Nascida em 1935, na cidade de Divinópolis, Adélia Prado é considerada por muitos a maior poetisa viva do Brasil. Professora por formação, ela exerceu o magistério durante 24 anos antes de se consagrar como escritora. “Adélia é lírica, bíblica, existencial, faz poesia como faz bom tempo”, escreveu ele em uma crônica no Jornal do Brasil. Aos 88 anos, Adélia Prado ainda está produzindo, prestes a lançar “Jardim das Oliveiras” no segundo semestre deste ano.