Polícia Civil conclui investigações e indicia 10 pessoas pelo incêndio em  viaturas da Polícia Penal

Quatro menores, sendo 3 meninas adolescentes, participaram de ação que foi orientada de dentro da cadeia

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A equipe da Polícia Civil em Itaúna, sob o comando do delegado Leonardo Moreira Pio, reuniu a imprensa para apresentar a conclusão das investigações sobre o incêndio criminoso contra quatro veículos do sistema prisional de Itaúna, ocorrido na madrugada do dia 15 dezembro. As viaturas estavam estacionadas na via pública, em frente à cadeia pública. Pelo menos 10 pessoas estão envolvidas e foram indiciadas pelo crime, sendo 6 maiores de idade e 4 menores, inclusive 3 meninas adolescentes. Alguns deles são responsáveis, também, pelo incêndio num ônibus no bairro Morada Nova no início deste ano. Os envolvidos que são maiores de 18 anos estão presos e já foram recambiados para outros presídios. Eles têm em sua ficha policial várias passagens, por homicídio, assaltos e drogas. Os menores foram encaminhados ao Conselho Tutelar.

O ato criminoso contra as viaturas foi planejado e orquestrado por detentos da cadeia pública, de dentro do presídio e foi usado gasolina para que o fogo agisse rapidamente sem que houvesse meios para que fosse contido – a não ser pelo corpo de bombeiros, o que foi feito imediatamente. A intenção dos indivíduos era queimar as viaturas e veículos dos policiais prisionais que estavam em serviço e a motivação seria um ato de repúdio a ações repressivas da Polícia para conter entrada de celulares e outros objetos ilícitos no interior das celas da cadeia.

A operação que concluiu as investigações do incêndio às viaturas teve o nome de “Sarça Ardente”, em referência uma passagem bíblica contida no livro Êxodo (3:1–4:17). A sarça ardente é um arbusto descrito localizado no Monte Horeb, no Egito. De acordo com a narrativa, o arbusto estava ardendo em chamas, mas não era por elas consumido.

“O êxito da operação é exclusivo da Polícia Civil que iniciou as investigações tão logo o fato aconteceu e alguns policiais trabalharam 24, 48 horas nesta tarefa e em menos de uma semana as investigações foram concluídas. E, para a Polícia Civil, serve de recado para a malandragem”, afirmou o delegado Leonardo Pio.