Não foi bem aceita a proposta da Câmara Municipal de alterar o início das reuniões públicas de 17h para 14 horas, a partir da próxima semana. Numa enquete feita pelo Jornal S’PASSO nas redes sociais na manhã de sexta-feira (5) grande maioria dos internautas disse não à mudança. Foram 76% contrários e 24% favoráveis.
Alguns leitores do S’PASSO foram convidados a opinarem a partir da seguinte pergunta: ” Qual é a sua opinião sobre a mudança do horário das reuniões da Câmara, de 17h para 14 horas?”.
Participação pequena, será pior
O ex-vereador e ex-presidente da Câmara Edio Gonçalves, o Edinho de Santanense, respondeu que é muito ruim. “A participação já era pouca, agora vai piorar ainda mais”, considerou.
Falta de respeito e sensibilidade
Para o também ex-vereador Geraldino de Souza, o Mirinho, é uma falta de respeito para com a população de modo geral, e, em especial, “uma falta de sensibilidade para com as pessoas que trabalham em horário conflitante com o novo, proposto pela Câmara. Principalmente com os assíduos frequentadores do horário anterior”.
Manter o povo fora dos debates
A empresária Eliane Mendes Soares Franco, do Movimento Conservadores Cristãos de Itaúna (MCC), taxou como “lamentável decisão”. E na sua avaliação, é uma estratégia infeliz de esvaziar a casa e manter o povo fora dos debates. “Isso sim é retrocesso”, criticou.
Parecendo uma jogada contra o povo
O líder comunitário Antônio Mariano de Souza, o Mussum, analisou que se antes a população não participava, agora é que não irá. “Isto está parecendo mais uma jogada contra nós, o povo. Resumindo, é uma forma de nos calar”, afirmou.
Talvez querem isso mesmo, dificultar a participação
Para a professora Maria das Graças, do SindUTE, já era difícil acompanhar e ir nas reuniões, pois muitos profissionais normalmente trabalham até às 17 horas. “Agora, neste novo horário, vai dificultar mais ainda a participação. Talvez seja isso que eles querem, não é?”, posicionou.
Casa do povo sem povo
O empresário Emanuel Ribeiro, que foi candidato a prefeito nas eleições passadas, escreveu: “Casa do povo’, só que sem o povo”. Para ele, o cidadão que trabalha não pode ver a reunião ao vivo, nem no YouTube “nesse horário ridículo de 14h”. No seu entendimento isso é “pura tramóia para evitar casa lotada como na reunião que tratou do conselho LGBT”.
Medida elitista e autoritária
A professora Mônica Santos, militante do PSOL, não poupou críticas à iniciativa dos vereadores da base do prefeito. “PÉSSIMO, dificulta mais a já quase inexistente participação popular! Medida elitista e autoritária de quem tem medo dos olhos do povo!”, atacou.
As pessoas vão continuar indo à Câmara do mesmo jeito
Quem apoiou a iniciativa foi o ex-vereador João José Joaquim de Oliveira, um dos mais assíduos frequentadores da Câmara. Disse que achou bem melhor a mudança de horário pois entende que, independente disso, as pessoas vão à Câmara por interesse, seja pessoal ou de grupo. Assim, vão continuar indo do mesmo jeito. “Às 14 horas talvez vai conseguir levar mais gente lá do que às 17h. Depois das seis e meia, sete horas, só fica você, do S’PASSO, o Lois e o Juninho meu irmão (ambos servidores que cuidam do som) e eu, de vez em quando”, ressaltou.
Não vejo com bons olhos a mudança
O advogado Júnior Capanema disse não ver com bons olhos a mudança. O horário das 17 horas oferece mais oportunidade para a participação dos cidadãos, não somente aqueles que têm interesse em determinada pauta. “Colocar às 14 horas a grande maioria das pessoas não poderá assistir, nem pelo You Tube. Eu, respeitosamente, discordo”, opinou.