Portadores de Síndrome de Down estão cada vez mais inseridos na sociedade e ocupando vagas no mercado de trabalho

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A data de 21 de março é o Dia Internacional da Síndrome de Down. Também conhecida como Trissomia do 21 (T21) é uma condição genética resultante de uma   cópia   extra do cromossomo 21. Em Itaúna, um dos trabalhos de maior representatividade social em favor das pessoas com deficiência, em especial as portadoras da síndrome de Down, é feito pelo Instituto Santa Mônica – APAE de Itaúna, responsável por um dos trabalhos mais eficientes. Fundada em 1º de  junho de 1970 o Santa Mônica e é uma entidade civil filantrópica que atua nos eixos da Saúde, Educação e Assistência Social promovendo atividades nos aspectos de habilitação e reabilitação.

 O diagnóstico clínico da SD é baseado nas características físicas após o nascimento. O fenótipo se caracteriza principalmente por hipotonia muscular generalizada, pregas palpebrais oblíquas para cima, base nasal plana, protrusão lingual, orelhas de implantação baixa, entre outros.

Além das características físicas, a Síndrome de Down ocasiona atraso no desenvolvimento da linguagem, das habilidades motoras e dos processos cognitivos complexos, resultando em um desenvolvimento cognitivo mais lento em comparação com indivíduos sem a síndrome. Assim, a Síndrome de Down é uma das causas mais conhecidas da deficiência intelectual.

Profissionais de saúde e de educação para avaliar e acompanhar

A intervenção precoce é uma prática de grande importância para o desenvolvimento das crianças com Síndrome de Down. Desde o nascimento, o bebê deve ser avaliado por uma equipe multidisciplinar, composta por médico, terapeuta ocupacional, psicólogo, fisioterapeuta e fonoaudiólogo para traçar objetivos específicos em busca de potencializar o seu desenvolvimento motor, cognitivo e de linguagem. As terapias não se limitam a tratar somente os atrasos, mas também estimulam a independência e a interação social.

Dessa forma, é necessário que a família busque a intervenção precoce o mais cedo possível, pois maiores serão as chances de que o bebê apresente um desenvolvimento esperado para a sua faixa etária.

Há mais de cinquenta anos atuando para incluir

Em Itaúna, esse modelo de atendimento é oferecido pela APAE há mais de cinquenta anos e a pessoa com Síndrome de Down passa por uma avaliação multidisciplinar para que os profissionais possam identificar os atrasos e encaminhá-la para os devidos atendimentos.

Mercado de trabalho e inclusão social

A APAE de Itaúna também conta com um setor que auxilia na inserção das pessoas com Síndrome de Down no mercado de trabalho. Esse programa tem o objetivo desenvolver a autonomia, a capacidade de interagir com outras pessoas e descobrir novas possibilidades, além de propiciar e capacitar jovens e adultos para atuar em diversos segmentos do mercado. Hoje são 62 usuários da APAE inseridos no mercado de trabalho, sendo que quatro deles tem síndrome Down. Na qualificação profissional, que antecede a contratação desses profissionais, são 11 usuários e dois deles têm síndrome de Down.

Atualmente estão registrados no Sistema da APAE, 46 usuários com síndrome de Down e todos esses em atendimento no Instituto Santa Mônica.

Conhecer e valorizar

Para Geórgia Mendonça, da coordenação da APAE de Itaúna, o 21 de março, em que se comemora o dia internacional da Síndrome de Down, é o momento de, mais uma vez, a sociedade buscar conhecer e valorizar as pessoas em seus vários graus de necessidade, em qualquer situação.

“O objetivo da celebração é conscientizar a sociedade acerca da necessidade de direitos igualitários, inclusão e respeito à pessoa com Síndrome de Down”, além de incentivar a valorização dos profissionais com esse diagnóstico que estão atuando em várias atividades.