O presidente da APAE de Itaúna, Alex Júnior e Giovana Lima Pinheiro, cujo filho é atendido pela instituição, estiveram na Câmara para denunciar irregularidades na prestação de serviços do Programa Conduz, que atende especialmente pessoas com deficiência de locomoção, que necessitam de cadeira de rodas. Criado por meio de um projeto lei, de autoria do vereador Gleison Fernandes (PSD), o programa é realizado pela empresa de transporte coletivo ViaSul e está sob a fiscalização da Gerência de Trânsito e Transportes da Prefeitura.
Com vans da concessionária ViaSul adaptadas para o transporte especial, os usuários usam cartão de passagem para todo tipo de transporte público fornecido gratuitamente pela prefeitura.
Empresa fazendo pirraça
Em seu pronunciamento, Alex Júnior enumerou uma série de infrações da empresa que apontam o descumprimento da lei, penalizando os usuários com atraso de horários, veículos velhos que colocam em risco os passageiros e diminuição dos carros para o atendimento diário, prejudicando a circulação dos deficientes. Em vez de cinco vans, como previsto na lei, na maioria das vezes apenas uma faz o trajeto em toda a cidade, com muita precariedade. “As crianças e cadeirantes, ficam esperando por muito tempo o transporte, passando frio e fome nos pontos de embarque e desembarque. Isso é desumano. Estamos aqui para pedir que nos ouçam e nos ajudem a resolver isso”, enfatizou. Giovana endossou as palavras do dirigente da APAE e acrescentou que depois que a Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado de Minas Gerais perdeu na justiça o processo de cancelamento do Programa Conduz, parece que eles estão “fazendo pirraça”. Ela salientou ainda que o presidente da FETRAM é um dos proprietários da empresa ViaSul.
Os vereadores prometerem estar juntos com a APAE e as famílias dos usuários do transporte especial para que as denúncias encontrem respostas e a situação seja resolvida.