Em entrevista ao Jornal S’PASSO na tarde de sexta-feira (28), o prefeito Neider Moreira (PSD) disse que a entrada no segundo semestre e no último do seu governo, iniciado em 2017, muitas obras estão na programação e virão “ampliar ainda mais as perspectivas para os itaunenses nesses novos tempos”. Uma das grandes realizações para os próximos dias será assinatura do contrato do programa habitacional “Minha Casa Minha Vida”, de responsabilidade do governo federal, que irá proporcionar um grande investimento para o município, beneficiando 108 famílias.
Na pauta da administração municipal, também, a conclusão do projeto para construção do viaduto no trevo do bairro Padre Eustáquio na próxima semana. “É uma obra importantíssima para a cidade porque irá resolver o problema de mobilidade imenso, os engarrafamentos que acontecem naquela região, nos horários de pico, acabando com o conflito do trânsito local com o da rodovia”, destacou. Neider afirma que essa não será uma obra demorada, mas cara. “Estamos fazendo um acordo com o governo do Estado para a municipalização do trecho da rodovia, que vai do viaduto da MG 050 até o trevo do Morro do Engenho. O município ficará responsável por esse trecho da rodovia. A contrapartida do Estado será a financeira como compensação pela assunção do trecho da rodovia. Com esse recurso a gente irá fazer a obra. Entendo que não haverá problema para a transferência do recurso por ser ano eleitoral porque é uma recompensa financeira feita pelo Estado, não é uma transferência voluntária. Entendo que não haverá óbice mesmo que tenha passado o dia 6 de julho”, explicou.
Creche do Santa Edwiges irá funcionar no retorno às aulas após o recesso de julho
A Prefeitura vai iniciar as obras da Unidade Básica de Saúde do Recanto das Peixotas, a partir da aprovação do projeto e o dinheiro já se encontra em conta. E, também, a Unidade Básica de Saúde do bairro Piedade, já está em fase de conclusão. O prédio onde funcionava o serviço há muito estava acanhado, com a falta de espaço, deixando alguns atendimentos, como o odontológico, prejudicados.
Ainda na programação uma série de obras de pavimentação asfáltica e, de acordo com o prefeito, deverá se estender até outubro, antes do período das chuvas.
A tão sonhada creche do Bairro Santa Edwiges ficará pronta na segunda quinzena de julho e a comunidade poderá utilizar o serviço no retorno das aulas, em início de agosto. “A obra está em fase final de pintura, depois será feita a limpeza e a montagem dos equipamentos nas salas”, disse.
No Bairro Jadir Marinho de Faria também estará pronta até o final desse semestre o prédio da nova instituição escolar, que tem o nome de “Escola Municipal Aida Moreira de Faria”, com capacidade para mais de 700 alunos.
“Vamos entregar Itaúna no final de 2024 muito melhor do que recebemos em 2017. Em todos os setores, a cidade está muito melhor, mais dinâmica e com mais qualidade de vida”, ressalta o prefeito.
Recuperação dos emissários de esgoto, destruídos pelas chuvas, será iniciada na segunda quinzena de julho
A recuperação dos emissários de esgoto, que, de acordo com o prefeito Neider Moreira (PSD), foram semidestruídos pelas enchentes ocorridas em 2021/2022 e com obras de desassoreamento do Ribeirão dos Capotos e parte do Rio São João, será feita a partir da segunda quinzena de julho. “Foi um trabalho que era necessário fazer e, naturalmente, que isso gerou problemas com os emissários. É uma obra antiga, da década de 1990, os emissários trabalham com material muito ácido, é claro que a manutenção precisa sempre ocorrer. As chuvas de final de 2021, depois, no início de 2022, mais o desassoreamento, geraram danos causados por um fenômeno da natureza. A gente não tem controle sobre isso”, explicou.
O material para o início das obras já foi adquirido, o projeto de recuperação foi finalizado e, na segunda quinzena de julho, o serviço começará a ser executado. “Esperamos entregar até o mês de novembro totalmente recuperados”.
“Uma grande bobagem dita por gente que não entende de gestão pública”
O prefeito Neider reagiu com incredulidade quando o repórter afirmou que alguns vereadores e, também, certos da mídia, atribuem como “crime ambiental” o problema dos emissários de esgoto, que teria gerado, inclusive, multa de responsabilidade ao SAAE por setores de meio ambiente do governo do Estado.
“Isso é uma grande bobagem conversa de quem não entende de gestão pública, não sabe o que seja crime ambiental e o que acontece devido a um fenômeno da natureza. São coisas completamente diferentes. Crime ambiental é quando você faz uma coisa proposital, deliberadamente, não é o caso. O que aconteceu foi em função de um fenômeno da natureza, enchentes violentas que causaram o rompimento de várias partes dos emissários de esgoto. E é uma obra que gera custo bastante elevado para o SAAE”, reagiu.
Prefeitura vai discutir com a SUPRAM auto de infração contra o SAAE
O prefeito revelou que a administração municipal está discutindo com o governo do Estado porque a Superintendência Regional de Meio Ambiente fez um auto de infração com relação aos emissários de esgoto destruídos, “com o qual discordamos completamente”. Além do auto de infração a SUPRAM fez um TAC (Termo de Ajuste de Conduta) com o município para a reconstrução dos emissários; e depois de assiná-lo, tomou a medida criando uma multa diária.
“Isso é uma coisa absurda, um abuso de autoridade. Teremos uma reunião com a Secretaria de Meio Ambiente do Estado no dia 4 de julho em que estaremos buscando uma solução administrativa para isso. Como você faz um auto de infração por um problema causado pela natureza? Não havendo acordo em nível administrativo, iremos judicializar a questão, com uma ação anulatória do auto de infração da SUPRAM. Uma coisa estapafúrdia, pois se inauguramos uma Estação de Tratamento de Esgoto para poder acabar com o problema ambiental, como estamos cometendo um crime ambiental? Estamos é querendo resolver o problema. Isso é um contrassenso, é a sanha arrecadatória do Estado, que quer fazer dinheiro a qualquer custo. Logicamente discordamos disso. Iremos discutir administrativamente e, se não resolver, judicialmente.
