Prefeitura inicia processo para reconhecer Doce de leite e requeijão Cooperita como Patrimônio Cultural Imaterial de Itaúna

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Foi dada a largada nesta semana para o reconhecimento do modo de fazer do doce de leite e do requeijão da Cooperita – Cooperativa Agropecuária de Itaúna – como Patrimônio Cultural Imaterial de Minas Gerais e do Brasil. A iniciativa foi divulgada esta semana durante visita do prefeito Gustavo Mitre e do secretário Marcinho Hackuna à sede da cooperativa “com o objetivo de estreitar a parceria institucional e ampliar a divulgação desses produtos como parte essencial da identidade gastronômica do município”. 

Os representantes da Prefeitura foram acompanhados pelo chefe de gabinete Leonardo Tavares, pelo gestor de Turismo Sidnei Eustáquio dos Santos, o Professor Sidão, e pelo diretor do SENAR, Dênio Augusto. Todos foram recepcionados pelo diretor comercial da Cooperita, Marcos Antônio Fernandes, que mostrou diversos setores da linha de produção, apresentando o funcionamento interno da cooperativa e a tradição artesanal dos produtos fabricados ali. 

Segundo o prefeito Gustavo Mitre, o compromisso da gestão municipal vai além da valorização comercial da CooperIta, já que pretendee reconhecer e preservar uma tradição que define a identidade cultural de Itaúna.

“Queremos que o Brasil e o mundo conheçam o que a nossa terra tem de melhor. O requeijão e o doce de leite da Cooperita são referência para mim, para Minas e para o Brasil, e o grande desafio agora é conseguirmos tornar o modo de fazer do doce de leite e do requeijão como patrimônio de Minas Gerais e do Brasil”, declarou Mitre. 

O secretário de Cultura e Turismo, Marcinho Hakuna, reforçou a importância da iniciativa como um movimento de valorização da história e das famílias que mantêm viva essa tradição. “Estamos fortalecendo uma das maiores expressões da nossa identidade cultural. Itaúna tem sabores únicos, que contam histórias e carregam tradições. Apoiar a Cooperita é reconhecer o valor de cada família, de cada produtor que mantém viva essa herança”, afirmou. 

O reconhecimento de um “modo de fazer” como Patrimônio Cultural Imaterial, conforme definido pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), está relacionado à sua importância como um saber tradicional, transmitido de geração em geração, que representa a identidade cultural de um grupo ou comunidade. Não se trata apenas de um produto final, mas do processo, da técnica, dos ingredientes locais e do contexto social que o envolve. A produção artesanal, como a realizada na Cooperita, se encaixa nesses critérios. 

A goiabada cascão de Ponte Nova, em Minas Gerais, é um exemplo de doce cujo modo de fazer foi reconhecido como patrimônio cultural imaterial, por sua importância histórica, afetiva e econômica para a região. O doce de leite mineiro, em geral, também é reconhecido por seu sabor único e seu preparo tradicional, feito com leite de alta qualidade, açúcar e bicarbonato de sódio, em tachos de cobre. 

A intenção da Prefeitura de Itaúna, agora, é dar início ao processo de formalização da candidatura junto ao IPHAN e aos órgãos estaduais de cultura, reunindo informações sobre a história dos produtos, o modo de preparo, sua importância cultural para a comunidade e a maneira como o conhecimento é transmitido entre gerações.