Duas itaunenses estiveram na Câmara Municipal na terça-feira (18) para questionarem a condução do processo eleitoral para composição de cargos do Conselho Tutelar de Itaúna. Sob a responsabilidade do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescentes, as etapas já realizadas do processo eleitoral foram questionadas e as acusações indicam que existem irregularidades. Elas sugerem que sejam anuladas pelos agentes públicos antes que um mandado de segurança o faça. Os questionamentos foram abordados pela professora Viviane Conceição Oliveira e a funcionária dos Correios, Rosilene Maria Machado, ambas concorrentes ao cargo de conselheira tutelar, nos espaços destinados à participação popular do legislativo. A primeira acusou a inexistência de meios de se conferir os resultados da avaliação, uma vez que a mesma não é do conhecimento dos candidatos. Desta forma, somente sete concorrentes foram considerados aptos pelo CMDCA, sem a revelação de nenhum suplente. Para a professora, os prazos do edital também não foram cumpridos, causando transtorno e instabilidade no processo. A outra oradora mostrou que houve vícios durante a realização das provas, quando uma das candidatas teve acesso à sala de exame depois que os portões deveriam estar fechados; o pacote com as avaliações estava sem o lacre de inviolabilidade; e candidatos foram vistos conversando assuntos pessoais com o avaliador. Viviane Oliveira e Rosilene Machado solicitaram que os vereadores intervenham investigando as denúncias. Segundo elas, o mínimo que se espera é que o processo eleitoral seja refeito desde a primeira etapa.
Comissão interna da Câmara vai apurar as denúncias
O presidente da Câmara Municipal, Nesval Júnior (PSD) prometeu que irá avaliar as denúncias através da Comissão de Educação, Cultura, Esporte e Assistência Social, que tem como membros Gleison Fernandes (PSD), Edênia Alcântara (PDT) e Márcia Cristina Santos (Patriota).