Neste período de quaresma, os consumidores de Itaúna estão conferindo um aumento na maioria das opções de pescados, em comparação a 2022. Levantamento feito pelo Jornal S’PASSO apontou que os preços de peixes subiram nos principais comércios e supermercados da região. O bacalhau foi o produto que teve maior aumento em relação ao ano passado. O bacalhau Saithe, apresentou uma variação de 39% e chega a custar mais de R$ 100,00, antes era R$ 78,83 o quilo. Já o bacalhau Cod, norueguês ou Porto, que normalmente era uma escolha cara dentre as opções, custava em média R$ 152,58 e passou para R$180,00. Ou seja, aumentou 18% em relação ao ano passado.
Num estabelecimento pesquisado, o peixe salgado está mais em conta devido a espécie comercializada, ou seja, menos nobre, mas ainda assim teve um reajuste com relação ao ano passado. O gerente nos informa que era possível comprá-lo em 2022 ao preço de R$ 39 ou pouco mais de R$ 40 e hoje está na faixa de R$ 49,00 e R$ 50,00, algo em torno de 48% de aumento.
Uma das opções consideradas mais “acessível” na mesa do consumidor é o peixe cascudo, que custava em média R$20,58 o quilo e é encontrado hoje por até R$29,90, um reajuste de 45%. Dos pescados que tiveram menor aumento em relação a 2022 está a famosa corvina. O quilo do peixe que custava R$20,73 passou para R$24,98, o que representa uma alta de 20%.
Ovos mais caros
O consumidor tem reclamado também do preço dos ovos, principalmente de galinha caipira ou ovos vermelhos, que estão cerca de 36% mais caros em comparação a 2022. A explicação se deve ao aumento dos insumos e dos combustíveis. Em Itaúna, o preço da dúzia de ovos varia entre R$ 9,00 até R$ 12,29. No ano passado, a mesma quantidade estava custando a partir de R$7,99, com preço médio de R$ 8,99.
Ovos de chocolate 12% mais caros
A Páscoa está chegando e já tem gente se perguntando como fazer para não deixar a data passar em branco, sem ovos de chocolate. A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Getúlio Vargas confirma que o chocolate aumentou 12% nos últimos doze meses. Ou seja, acima da inflação dos alimentos e bem acima do índice geral de 4,5%.
Outra pesquisa mostra que o preço do ovo de Páscoa passou de R$ 56, em média, em 2021 para R$ 65 em 2022, um aumento de 14,7%. Por isso, o consumidor já percebeu que precisa de criatividade na hora de pensar no presentinho de Páscoa e a substituição dos ovos é uma tendência. Nos dois últimos anos, apenas 10% dos consumidores optaram pelo ovo de chocolate industrializado.
Tudo está mais caro
O responsável pelo setor de Recursos Humanos de um supermercado da cidade confirma os reajustes nos valores dos produtos de alimentação, como naqueles mais consumidos nesse período. No entanto, avalia que “tudo foi reajustado, desde o ano passado”.
Opções e alternativas de produtos mais baratos
O presidente do sindicato das empresas do comércio varejista de Itaúna – Sindicomércio, Alexandre Maromba, salienta que o consumidor dispõe nos estabelecimentos locais de uma infinidade de produtos, com “muitas opções e alternativas mais baratas, justamente para fugir da inflação”. Ele cita como exemplo o peixe, que é um produto muito demandado nessa época e que o comércio local conseguiu trazer do Amazonas, com um preço mais acessível. Maromba afirma que desta forma, o comércio tem conseguido manter os preços bem competitivos com boas opções. E quando há algum aumento “o mesmo está sendo o da inflação do período, cerca de 5% a 6%”.