A renúncia do Conselho Curador da Casa de Caridade Manoel Gonçalves de Souza Moreira – o Hospital de Itaúna –, encabeçada pelo médico Augusto Machado de Souza, ocorrida na semana passada, é mais uma ameaça ao atendimento de saúde dessa instituição. Mais uma vez problemas financeiros, que ocasionaram a desistência dos conselheiros, são colocados à tona e vêm como pedido de socorro do Hospital aos poderes públicos. Algo precisa ser feito, pois o Hospital Manoel Gonçalves é responsável por mais de 90% de atendimento do SUS – Sistema Únicos de Saúde e os repasses de que dispõe a instituição não são suficientes para manter bem a saúde financeira. Com todos os recursos disponibilizados pelo governo federal, verbas de emendas impositivas de parlamentares federais e estaduais, ajuda financeira da Prefeitura, da Câmara Municipal e de setores da iniciativa privada, o Hospital acumula um déficit de R$ 11 milhões. Agora, com a aprovação do governo federal do piso salarial para os enfermeiros a situação tende a piorar e a conta vai ficar mais cara pelo menos R$ 730 mil mensais.
Dirigentes do Hospital e autoridades ligadas à saúde em Itaúna estão agora tentando solucionar o problema a fim de que o funcionamento deste centro de saúde não seja mais prejudicado. Um novo conselho de curador deverá ser composto através de eleição no final desse mês de setembro. Até lá, o Ministério Público deverá indicar membros substitutos para ocupar o lugar dos conselheiros renunciantes.
Primeira irmandade do Hospital foi criada há 102 anos
Interessante é que a História de Itaúna, em relatos do escritor João Dornas Filho, registra que há 102 anos – em 6 de setembro de 1920 – em sessão extraordinária da Câmara Municipal foi criada uma irmandade para administração da Casa de Caridade Manoel Gonçalves, em obediência à vontade testamental do fundador da instituição, Manoel Gonçalves de Souza Moreira. A primeira irmandade foi presidida por Augusto Gonçalves de Souza Moreira e tinha como membros: Mardoqueu Gonçalves de Souza, Tácito Nogueira, Domingos Batista de Souza, José Almeida de Fonseca e Aristeu Gonçalves.
